Israel interceta míssil do Iémen após ataques contra Huthis

O exército israelita anunciou hoje ter intercetado esta madrugada um míssil proveniente do Iémen, um dia depois dos ataques lançados por Israel contra diferentes infraestruturas iemenitas sob controlo dos rebeldes Huthis.

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Lusa
27/12/2024 06:06 ‧ há 16 horas por Lusa

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Israel

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) indicaram que tinham abatido um míssil lançado do Iémen antes de ter entrado no espaço aéreo israelita, de acordo com um divulgado às 03h47 (01h47 em Lisboa).

 

As sirenes antiaéreas soaram em vários pontos do centro de Israel "devido à possível queda de destroços da interceção", indicou o comunicado, que não apresenta pormenores sobre o ponto específico onde o míssil foi abatido.

O serviço de emergência israelita Magen David Adom indicou que, embora não tenha havido vítimas ou feridos em consequência direta do abate do míssil, 18 pessoas ficaram feridas quando tentavam chegar a abrigos antiaéreos.

O lançamento do míssil afetou também temporariamente as operações no mais importante aeroporto de Israel, Ben Gurion, situado a 45 quilómetros de Jerusálem.

De acordo com a imprensa oficial, quatro voos provenientes da Europa tiveram de adiar brevemente a aterragem.

Pelo menos seis pessoas morreram e 40 ficaram feridas na sequência de ataques israelitas contra diferentes infraestruturas no Iémen, sob controlo dos rebeldes Huthis, na quinta-feira.

Entre os feridos no aeroporto estava o copiloto de um avião que transportava o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O responsável pela agência da ONU tinha anunciado no perfil na rede social X que escapou ao ataque, juntamente com a equipa.

O ataque lançado pela aviação israelita atingiu infraestruturas usadas pelos Huthis no aeroporto de Sana, nas centrais elétricas de Hezyaz e Ras Kanatib e outras posições nos portos de Hodeida, Salif e Ras Kanatib, na costa oeste, de acordo com uma declaração militar israelita.

"[Israel] ataca deliberadamente civis e destrói instalações do serviço público para afetar a vida das pessoas e os direitos de se deslocarem e viajarem em segurança", acusaram, por sua vez, os rebeldes iemenitas sobre este bombardeamento, que consideraram "uma violação flagrante do direito internacional".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanayahu, prometeu na quinta-feira que Israel vai atacar os Huthis no Iémen "até que a missão" de os neutralizar "esteja concluída", descrevendo-os como "braço terrorista do Irão", após o bombardeamento de alvos militares no país.

Segundo Telavive, os alvos estavam a ser utilizados pelos Huthis para contrabandear armas iranianas para a região e como porta de entrada para altos funcionários do regime iraniano.

Desde novembro de 2023, um mês após o início da guerra em Gaza, os Huthis, aliados do Irão, têm atacado navios, principalmente no mar Vermelho, e alvos em Israel, aproveitando a posição estratégica do Iémen.

Leia Também: Guterres considera ataques de Israel no Iémen "particularmente alarmantes"

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