"Instamos as autoridades georgianas a tomarem medidas imediatas (...) para implementar as recomendações eleitorais da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) e a considerarem a possibilidade de realizar novas eleições com base nessas recomendações", lê-se numa declaração conjunta.
O texto, assinado pela Dinamarca, Estónia, Finlândia, Islândia, Letónia, Lituânia, Noruega e Suécia, refere que "a Geórgia precisa urgentemente de uma saída para a crise e de restaurar a confiança da população nas instituições democráticas".
Os oito países manifestaram "alarme" face à "derivação para a polarização e a crise" e reiteram a necessidade de uma "investigação imparcial sobre as irregularidades que foram denunciadas antes e durante as eleições de 26 de outubro".
"Condenamos a violência e a intimidação contra manifestantes pacíficos, políticos e representantes dos meios de comunicação social e lamentamos as ameaças contra a presidente (cessante) Salome Zurabishvili", acrescentam.
O novo Presidente da Geórgia, Mikhail Kavelashvili, tomou hoje posse, após uma inédita eleição por um Colégio Eleitoral, boicotada pela oposição, e perante a ameaça de prisão da chefe de Estado cessante, que continua a afirmar-se como "legítima".
A chefe de Estado cessante, pró-europeia, opõe-se ao Governo, liderado pelo partido Sonho Georgiano, que é considerado pró-russo e que em novembro suspendeu as negociações para a adesão deste país candidato à União Europeia (UE).
Na semana passada, o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, advertiu que Zurabishvili pode acabar "atrás das grades" se não deixar o poder após o término de seu mandato.
Kavelashvili foi eleito por um colégio eleitoral, composto por 300 elementos, incluindo deputados e representantes dos governos locais, tornando-se o sexto presidente na história da Geórgia desde a sua independência da União Soviética em 1991.
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