Presidente israelita agradece a Jimmy Carter apoio à paz com o Egito

O Presidente israelita, Isaac Herzog, agradeceu hoje a Jimmy Carter pelo apoio à normalização das relações entre Egito e Israel nos anos 1970, numa mensagem após a morte do antigo presidente norte-americano, no domingo, aos 100 anos.

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© MENAHEM KAHANA/AFP via Getty Images

Lusa
30/12/2024 07:33 ‧ há 5 dias por Lusa

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EUA

 "Nos últimos anos, tive o prazer de lhe telefonar e de lhe agradecer os seus esforços históricos para reunir dois grandes líderes, Beguin e Sadat", escreveu Herzog nas redes sociais, referindo-se a Menachem Beguin e Anwar el-Sadat, líderes israelita e egípcio, respetivamente, que assinaram os acordos de Camp David com Carter em 1978.

 

Os acordos permitiram aos dois países assinarem, em Washington, o acordo de paz de 1979, que normalizou as relações entre ambos.

Na mensagem, Herzog defendeu a paz entre Israel e o Egito como "uma âncora de estabilidade em todo o Médio Oriente e norte de África".

"O seu legado será definido pelo seu profundo empenho na paz entre as nações", disse o Presidente israelita sobre Carter, enviando ainda condolências à família do ex-dirigente e ao povo norte-americano.

O embaixador da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) no Reino Unido - e antigo embaixador nos EUA - Husam Zomlot, também celebrou o legado de Carter nas redes sociais, embora por motivos diferentes.

"O Presidente Carter será recordado pelo povo palestiniano como o primeiro presidente dos EUA a lutar pela liberdade dos palestinianos e o primeiro a alertar para o apartheid israelita", afirmou Zomlot na rede social X.

O antigo presidente publicou em 2006 um livro baseado nas conversas com Beguin e Sadat sobre o conflito israelo-palestiniano, intitulado "Palestina: Paz, Sim. Apartheid, Não" ('Palestine: Peace Not Apartheid'), no qual critica o estabelecimento de colonatos israelitas, classificando-o como um dos principais obstáculos à paz no Médio Oriente.

Carter, que se encontrava em casa sob cuidados paliativos e que votou nas eleições presidenciais norte-americanas de novembro, tinha sido tratado a uma forma agressiva de cancro da pele do tipo melanoma, com tumores que se tinham alastrado ao fígado e ao cérebro.

Leia Também: Japão sublinha "conquistas históricas" na "diplomacia da paz" de Carter

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