Em setembro, a Alemanha alargou os controlos a todas as suas fronteiras durante seis meses para, segundo o Governo de Olaf Scholz, limitar a imigração irregular e conter ameaças terroristas.
A ministra Nancy Faeser disse em entrevista ao Augsburger Allgemeine que essas medidas "estão a fazer efeito".
"Precisamos destes controlos até que a proteção das fronteiras externas da União Europeia seja significativamente reforçada", defendeu a ministra, dando como certa a prorrogação da medida, no âmbito de um aumento geral das restrições da política de migração alemã, também defendidas pela União Democrata Cristã (CDU).
Faeser garantiu que as expulsões de migrantes aumentaram mais de 50% nos últimos dois anos e as deportações de "criminosos perigosos" para o Afeganistão foram retomadas, sendo a Alemanha "o único país da Europa que o fez".
"E vamos continuar a fazê-lo", alertou.
Nancy Fraser já tinha admitido, em agosto, que queria prolongar os controlos policiais nas fronteiras alemãs com a Polónia, a República Checa e a Suíça para combater a migração irregular.
"Por mim, os controlos fronteiriços vão manter-se enquanto forem necessários, ou seja, até que a migração irregular seja significativamente reduzida", afirmou na altura.
Para alargar os controlos fronteiriços atualmente aplicados pelas autoridades alemãs, Faeser necessita, em primeiro lugar, da aprovação do Governo -- que vai a eleições antecipadas em fevereiro - e, em segundo lugar, da aprovação das medidas pela Comissão Europeia.
Segundo o instituto europeu de estatísticas (Eurostat), 484.160 nacionais de países terceiros foram obrigados a abandonar a UE no ano passado e 91.465 (18,9%) foram efetivamente repatriados.
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