"news_bold"> "Os desafios que enfrentamos hoje na luta - pelo desenvolvimento sustentável, na preparação e mitigação de crises sanitárias ou climáticas, pela competitividade na Organização Mundial do Comércio (OMC) e pela integração plena na Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), prevista para 2025 - exigem de nós a mesma determinação e resiliência que marcaram a nossa luta de libertação nacional e independência", pode ler-se na mensagem do Presidente timorense.
A mensagem foi lida pelo vice-presidente do parlamento nacional, Alexandrino Nunes, em representação do chefe de Estado, na cerimónia para assinalar o Dia Nacional dos Heróis de Timor-Leste, que decorreu junto à estátua de Nicolau Lobato, comandante supremo das Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste e líder residência, morto há 46 anos.
Na mensagem, José Ramos-Horta salientou que é preciso os timorenses continuarem a trabalhar pela erradicação da pobreza, do raquitismo e da subnutrição maternoinfantil, e a promover novas oportunidades, projetos e parcerias em benefício da população.
"Devemos também continuar a lutar pela construção de uma sociedade baseada na igualdade, equidade, inclusão social e coesão nacional, e fortalecer as nossas instituições democráticas, o setor privado, as empresas e as organizações da sociedade civil", disse o chefe de Estado, salientando que aquele é o legado a deixar às futuras gerações.
Ramos-Horta sublinhou também a importância de ensinar aos mais jovens os valores pelos quais lutaram, nomeadamente "solidariedade, coragem e compromisso com o desenvolvimento do país".
"Devemos garantir que os jovens de Timor-Leste compreendem as lições do passado e assumem a responsabilidade de construir um futuro mais justo, sustentável e próspero", afirmou o também prémio Nobel da Paz.
"A educação sobre a nossa história e fraternidade humana deve ser uma prioridade nacional. Devemos continuar a investir na preservação de arquivos históricos, monumentos e eventos que perpetuem a memória dos nossos heróis. A criação de museus, exposições e programas educativos é essencial para que o sacrifício deles nunca seja esquecido", defendeu o Presidente.
José Ramos-Horta pediu também que um compromisso com os "valores" que sustentam a identidade timorense como "nação livre, soberana e independente, mas também como um país ativo e participativo na construção da paz duradoura e do desenvolvimento regional e internacional ambientalmente sustentável".
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