"A Ucrânia fará todos os esforços para estabilizar a Síria. Alargaremos o programa 'Cereais da Ucrânia' para cooperar com a administração síria e [contamos com] todos os parceiros que estejam dispostos a apoiar", escreveu Zelensky numa mensagem publicada na plataforma Telegram.
A decisão foi anunciada depois de, na segunda-feira, os seus ministros dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sibiga, e da Política Agrária e Alimentar, Vitali Koval, terem visitado Damasco. Na sequência desta visita, Zelensky avançou que Kyiv está a preparar o restabelecimento das relações diplomáticas, suspensas há dois anos e meio devido ao apoio do regime de Bashar al-Assad à Rússia.
Lançada no outono de 2022, a iniciativa humanitária 'Cereais da Ucrânia' começou a funcionar no âmbito do 90.º aniversário do início do Holodomor, nome dado à época de fome gerada pelas autoridades soviéticas entre 1932 e 1933, que matou milhões de ucranianos.
O seu objetivo é facilitar o envio de navios com cereais ucranianos para os países pobres através do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas.
O chefe de Estado ucraniano acrescentou que o seu país vai falar com os parceiros europeus e norte-americanos "para garantir que o apoio seja o maior possível" e sublinhou que "mais estabilidade no Médio Oriente significa mais paz e comércio para todos".
Há uma semana, Zelensky divulgou ter enviado 500 toneladas de farinha de trigo para a Síria, através do programa 'Cereais da Ucrânia', como um sinal de apoio ao povo sírio "nestes tempos de necessidade".
"Está previsto que a farinha de trigo seja distribuída a 33.250 famílias, ou seja, 167 mil pessoas, nas próximas semanas. Cada pacote pesa 15 quilos e pode alimentar uma família de cinco membros durante um mês", explicou na altura.
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