Hamas acusa ANP de "crime total" contra os seus membros

O grupo palestiniano Hamas qualificou hoje como "crime total" os ataques das forças da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) "contra os seus cidadãos e milicianos" em Jenin e no seu campo de refugiados, na Cisjordânia, que já fizeram 13 mortos.

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© JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Image

Lusa
03/01/2025 18:30 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O Hamas fez esta acusação depois de um pai e do seu filho de 14 anos terem sido hoje atingidos a tiro quando enchiam um tanque de água no telhado da sua casa. Uma filha, que também estava com eles, ficou ferida.

 

Jenin, considerado um bastião do Hamas e da Jihad Islâmica, é um dos pontos mais atacados pelo Exército israelita, mas desde o início de dezembro a ofensiva contra os militantes palestinianos é liderada pelas forças de segurança da ANP, que governa áreas reduzidas da Cisjordânia ocupada.

Com as mortes de hoje, o número de vítimas mortais devido a este ciclo de violência ascende agora a 13 desde 05 de dezembro, incluindo cinco membros das forças de segurança e oito civis.

O Hamas considera que as práticas das forças de segurança da ANP "servem apenas a ocupação israelita e os seus planos para acabar com a resistência na Cisjordânia e completar o plano de anexação" do território.

A Cisjordânia ocupada está a viver a sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005), e o ano de 2024 terminou com pelo menos 492 palestinianos mortos nestes territórios pelo fogo israelita, a maioria dos quais combatentes residentes nos campos de refugiados, mas também civis, incluindo pelo menos 75 menores, segundo uma contagem da agência espanhola EFE.

O Governo palestiniano decidiu na quarta-feira suspender as emissões da televisão Al-Jazeera, que tem feito a cobertura destes combates, na Cisjordânia, depois de a acusar de "incitar à sedição".

Estes confrontos somam-se a um aumento da violência na Cisjordânia ligada ao conflito israelo-palestiniano desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em território israelita em 07 de outubro de 2023.

Leia Também: Familiares de reféns do Hamas protestam em frente à residência de Netanyahu

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