Karl Nehammer, presidente do partido do Partido Popular (ÖVP), já tinha anunciado que a sua demissão no sábado quando comunicou que as negociações com o partido social-democrata(SPÖ) tinham caído por terra.
No domingo, o ÖVP elegeu o até então secretário-geral, Christian Stocker, como novo líder interino do partido, que anunciou uma mudança na posição do seu partido relativamente a possíveis negociações governamentais com o partido de extrema-direita, Partido da Liberdade (FPÖ), liderado por Herbert Kickl.
Kickl tinha sido convocado pelo Presidente Alexander Van der Bellen para formar uma coligação com o ÖVP, o que poderá fazer dele o primeiro líder de direita na história democrática do país, se as negociações forem bem sucedidas.
Ainda não se sabe quem sucederá a Nehammer como chefe do governo provisório esta semana.
No podcast de hoje, Nehammer sublinhou que sempre foi seu objetivo impedir Herbert Kickl de se tornar chanceler, porque "a sua forma de entender o cargo e a sua forma de viver a política não é boa para o país".
"Penso que é importante que, se dissermos algo, o façamos", acrescentou Nehammer sobre a sua promessa de nunca governar com o líder de extrema-direita Kickl.
Após as eleições de 29 de setembro, em que o Partido Popular ficou em segundo lugar, atrás do FPÖ, Nehammer foi encarregado de formar uma coligação com o SPÖ e o partido neoliberal.
"Sempre disse que, se não conseguíssemos formar esta coligação específica com os sociais-democratas e os neoliberais, eu assumiria a responsabilidade", concluiu o conservador.
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