Juiz condena Rudy Giuliani por desrespeitar ordens do tribunal

Um juiz federal declarou esta terça-feira que o ex-presidente da Câmara de Nova Iorque, Rudy Giuliani, estava em falha por desrespeitar ordens do tribunal, num caso de difamação de duas funcionárias eleitorais.

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© Drew Angerer/Getty Images

Lusa
07/01/2025 06:58 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Rudy Giuliani

O juiz Lewis J. Liman tomou a decisão depois de ouvir Giuliani testemunhar pelo segundo dia numa audiência convocada após os advogados das funcionárias das mesas de voto terem afirmado que o antigo presidente da Câmara de Nova Iorque não tinha cumprido devidamente os pedidos de  produção de provas ordenados nos últimos meses.

 

O ex-autarca do Partido Republicano está a ser julgado depois das alegações de fraude nas Eleições Presidenciais de 2020, dando eco às reações do candidato republicano, Donald Trump. Giuliani tem de entregar bens no valor de 148 milhões de dólares, concedida às duas funcionárias eleitorais do estado da Geórgia.

 Na sexta-feira, Giuliani depôs durante cerca de três horas na sala de audiências de Liman, em Manhattan, mas o juiz permitiu-lhe terminar o depoimento hoje, à distância, a partir do seu condomínio em Palm Beach, na Florida.

 Giuliani admitiu durante o testemunho que, por vezes, não entregou tudo o que lhe foi pedido por considerar que os pedidos eram demasiado amplos ou inadequados ou mesmo uma "armadilha" montada pelos advogados dos queixosos.

Acrescentou que, por vezes, tinha dificuldade em entregar informações sobre o seu património devido a numerosos processos judiciais civis e criminais que lhe exigiam a apresentação de informações factuais.

Os advogados das trabalhadoras eleitorais dizem que o ex-autarca demonstrou um "padrão consistente de desafio intencional" da ordem de Liman de outubro de entregar os seus ativos depois de ter sido considerado responsável em 2023 por difamar as suas clientes, acusando-as falsamente de adulterar votos durante a eleição presidencial de 2020.

Apesar de Giuliani ter entregado um Mercedes-Benz e o seu apartamento em Nova Iorque, não entregou os documentos necessários para monetizar os ativos.

Rudy Giuliani também ainda está por entregar relógios e artigos desportivos, incluindo uma camisola de Joe DiMaggio, o famoso ex-jogador de basebol americano.

 Giuliani argumentou que estava a investigar o que aconteceu à camisola de Joe DiMaggio e que, atualmente, não sabe onde está nem quem a tem.

 Aaron Nathan, advogado das queixosas, pediu ao juiz para fazer inferências sobre o que Giuliani não entregou, o que tornaria mais provável que o tribunal concluísse que a propriedade de Palm Beach não era a residência principal de Giuliani e, portanto, não está protegida contra apreensão.

 Joseph Cammarata, advogado de Rudy Giuliani, afirmou que chegar a essa conclusão seria como uma "pena de morte" e faria com que Giuliani perdesse a propriedade da Florida mesmo antes do julgamento em meados de janeiro, altura em que o juiz deverá ouvir os testemunhos e ver as provas antes de decidir sobre os restantes ativos.

As funcionárias das mesas de voto, Ruby Freeman e a sua filha, Wandrea Moss, afirmaram ter sido alvo de ameaças de morte após Giuliani ter repetido o que classificaram como as mentiras de Trump a propósito de "eleições roubadas".

Em julho de 2024, Giuliani foi expulso do exercício de advocacia por decisão de um tribunal nova-iorquino devido a declarações falsas e repetidas sobre a derrota ex-Presidente norte-americano Donald Trump nas eleições de 2020.

Leia Também: Turistas gastaram 49 mil milhões de euros em Nova Iorque em 2024

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