O Ministério da Saúde de Castela-Mancha, em Espanha, está a investigar um possível surto de triquinose detetado numa família, depois de terem comido carne de um javali que tinha sido caçado para consumo próprio.
Segundo o ABC, são 12 as pessoas da família de Los Cortijos que tiveram de receber tratamento médico por sintomas compatíveis com esta infeção. No entanto, segundo a tutela local, citada pelo diário espanhol, apenas uma teve de ser hospitalizada.
Foram recolhidas amostras, que foram enviadas para o Centro Nacional de Microbiologia, para que se confirme qual o agente patogénico em causa.
De acordo com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) a triquinose é causa pelo parasita Trichinella spiralis vulgarmente designado por Triquina.
A infeção "ocorre quando é ingerida carne contendo quistos com as respetivas larvas". Segundo a ASAE, "a carne de porco ou os seus derivados consumidos crus ou cozinhados de forma insuficiente são os principais alimentos associados a esta infecção. Em casos raros, a infeção foi contraída pelo consumo de carne de javali, de urso e de alguns mamíferos marinhos".
Já a manifestação de sintomas "varia de acordo com número de larvas invasoras, com os tecidos invadidos e com o estado geral de saúde do hospedeiro".
"Um ou dois dias após ingestão de carne infetada surgem os sintomas intestinais podendo o doente apresentar febre ligeira. Os sintomas da invasão larvar surgem normalmente 2 a 8 semanas após a infeção. Os sintomas mais comuns são náuseas, diarreia, vómitos, cansaço, febre e dores abdominais seguidos, enfraquecimento e, em casos muito graves, complicações cardíacas ou neurológicas", explica-se ainda.
Geralmente, "as pessoas afetadas recuperam completamente de triquinose".
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