CNE de Moçambique vai comunicar a municípios propaganda eleitoral por retirar

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique vai comunicar aos municípios os casos de propaganda política das eleições gerais de 09 de outubro que continua por retirar do espaço público, após concluído o prazo legal para o efeito.

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Lusa
10/01/2025 10:45 ‧ há 3 horas por Lusa

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Moçambique

"A CNE irá comunicar o facto aos conselhos autárquicos, a quem compete tomar todas as medidas com vista a retirada dos materiais", disse hoje à Lusa o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica.

 

Uma resolução anterior da CNE, a que a Lusa teve hoje acesso, com base na legislação eleitoral, estabelecia, "relativamente à propaganda gráfica, a obrigatoriedade da retirada do material de propaganda, tais como inscrições gráficas, inscrições ou pinturas, no prazo de 90 dias, a contar do término da campanha e propaganda eleitoral", que foi 06 de outubro.

"Pelo que, a Comissão Nacional de Eleições insta todos os partidos políticos, coligação de partidos políticos e grupos de cidadãos eleitores proponentes concorrentes para continuarem com a retirada dos referidos materiais, até dia 04 de janeiro de 2025, último dia do prazo legalmente fixado", lê-se na resolução.

Apesar desta instrução, de forma geral, a propaganda eleitoral das eleições gerais de 09 de outubro - presidenciais, legislativas e assembleias provinciais - continua afixada nos espaços públicos do país.

Paulo Cuinica recordou que a legislação eleitoral estabelece que "verificando-se o incumprimento" da retirada da propaganda eleitoral, a CNE "comunica o facto às entidades dos órgãos de governação descentralizada de província e de distrito, bem como das autarquias locais, para os devidos efeitos".

Além de eleger o seu candidato presidencial, Daniel Chapo, e todos os governadores de província do país, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) venceu as eleições para o parlamento moçambicano com maioria absoluta, garantindo 171 deputados, com o estreante Podemos a eleger 43, destronando a Renamo na liderança da oposição, de acordo com a proclamação dos resultados, em 23 de dezembro, pela presidente do Conselho Constitucional (CC), Lúcia Ribeiro.

A Frelimo mantém-se com uma maioria parlamentar na décima legislatura, com 171 deputados (184 atualmente), a qual passa a ter quatro partidos representados, contra os atuais três.

O Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), até agora extraparlamentar e que apoiou a candidatura presidencial de Venâncio Mondlane, ficou em segundo lugar, ganhando estatuto de principal partido da oposição, com 43 deputados.

De acordo com os resultados proclamados pelo CC, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) perdeu o estatuto de maior partido da oposição, com 28 deputados eleitos, contra os atuais 60.

Por seu turno, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) mantém a representação parlamentar, com oito deputados, mais dois do que atualmente.

A investidura dos 250 deputados à Assembleia da República está agendada para 13 de janeiro e antecede a posse do novo Presidente da República, Daniel Chapo, fixada para 15 de janeiro, eleito com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, segundo os resultados proclamados pelo CC.

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