França. Socialistas admitem acordo de pensões para evitar queda de Bayrou

O líder dos socialistas franceses, Olivier Faure, admitiu hoje a possibilidade de chegar a um acordo para não derrubar o Governo do centrista François Bayrou, colocando como condição indispensável a suspensão da reforma das pensões de 2023.

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© Ludovic Marin/AFP via Getty Images

Lusa
12/01/2025 16:48 ‧ há 5 horas por Lusa

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Em entrevista ao canal BFMTV, Faure confirmou que estão a decorrer "negociações genuínas" com o executivo de Bayrou, que, dentro de dois dias, terá o seu primeiro grande teste com a sua declaração de política geral perante os deputados da Assembleia Nacional.

 

"Neste momento em que falo convosco, ainda não está nada definido (...) Penso que há um caminho possível", acrescentou o deputado socialista, ao adiantar que foi "proposta uma série de soluções técnicas que permitem" a suspensão da reforma das pensões.

Esta lei, aprovada no inverno de 2023 sem votação no Parlamento e no meio de grandes protestos sociais, entrou em vigor em abril desse ano e prevê que a idade mínima de reforma fosse aumentada de 62 para 64 anos.

Numa entrevista publicada hoje no jornal Le Parisien, o presidente do Senado, Gérard Larcher, alertou que não quer "nem a suspensão nem a revogação" desta reforma, que considera essencial para sanear as finanças públicas do país.

Larcher, que ocupa o segundo cargo institucional mais elevado do Estado francês, anunciou que, a partir da câmara a que preside, vai dificultar qualquer procedimento que modifique a atual lei da segurança social.

"Se a revogarmos, o custo será de 3,4 mil milhões de euros em 2025 e de cerca de 16 mil milhões em 2032", alertou.

Recentemente, os socialistas franceses tinham avisado o Governo que apoiariam uma moção de censura se não recebessem "concessões significativas" na negociação do orçamento para 2025, numa altura em que o país se debate com uma dívida pública elevada.

"Se não houver concessões significativas, estamos prontos para assumir novamente a nossa responsabilidade, inclusive com uma moção de censura", disse Olivier Faure, em declarações à imprensa após uma reunião com o ministro da Economia, Éric Lombard, em 06 de janeiro.

Os ministros do novo Governo tomaram posse em 23 de dezembro, na sequência de uma moção de censura apoiada pela aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e pela extrema-direita União Nacional (RN) que derrubou o Governo de Michel Barnier em 04 de dezembro.

A mudança de Governo anulou o anterior projeto de orçamento para 2025 e o novo Governo de François Bayrou, de 73 anos, nomeado em 13 de dezembro pelo Presidente Emmanuel Macron, pretende aprovar um novo no início de março, o mais tardar.

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