"As ações hostis de Washington não ficarão sem reação e serão tidas em conta durante o planeamento da nossa estratégia económica externa", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, num comunicado publicado no seu canal no Telegram.
A diplomacia russa afirmou que a Rússia "continuará a realizar os seus grandes projetos nacionais de extração de petróleo e gás e trabalhará na substituição de importações, nos serviços ligados ao mercado do crude e na construção de centrais nucleares em países terceiros ".
"O nosso país tem sido e continuará a ser um participante chave e confiável no mercado global de combustíveis", afirmou o ministério chefiado por Sergei Lavrov.
Os Estados Unidos, em conjunto com o Reino Unido, aumentaram na sexta-feira as sanções contra o setor do petróleo e do gás liquefeito da Rússia, descritas por altos responsáveis norte-americanos como as "mais significativas" impostas ao setor energético russo desde o início da guerra na Ucrânia.
A diplomacia russa observou ainda que "no contexto do fracasso da tentativa de Washington de infligir uma derrota estratégica a Moscovo e das suas pressões através de sanções destinadas a minar a economia russa (...) os esforços da administração cessante da Casa Branca procuram dificultar tanto quanto possível ou impossibilitar qualquer relação económica bilateral, incluindo a comunidade empresarial americana".
Moscovo sublinhou que a economia russa conseguiu não só sobreviver a pressões externas "sem precedentes", mas continua a desenvolver-se.
No entanto, os esforços do atual Governo dos Estados Unidos, liderado pelo democrata Joe Biden, deixam um rasto de "terra arrasada" para o futuro Presidente, Donald Trump, que "não será capaz de revogar estas sanções sem a aprovação do Congresso", segundo o ministério russo.
As sanções impostas por Washington e Londres visam cortar receitas que financiam a "máquina de guerra do Kremlin" contra a Ucrânia e podem custar à economia russa milhares de milhões de dólares por mês.
Embora o Governo de Joe Biden tenha adotado estas sanções, elas poderão ser revogadas por Donald Trump quando este assumir a Presidência em 20 de janeiro.
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