Palestinianos acusam Israel de responsabilidade na morte de preso

Associações de defesa de prisioneiros palestinianos acusaram hoje Israel de responsabilidade na morte de um recluso de 35 anos por alegadamente atrasar os serviços de saúde de emergência de que precisava.

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Lusa
13/01/2025 10:38 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

De acordo com as associações, o recluso palestiniano morreu no hospital israelita de Soroka depois de as autoridades terem atrasado a admissão do preso no centro médico, apesar da deterioração do estado de saúde nos dias anteriores.

 

Com a morte deste prisioneiro, identificado como Moataz Abu Zneid, aumenta para 55 o número de prisioneiros palestinianos - cinco dos quais em regime de prisão preventiva - que morreram na cadeia desde o início da guerra na Faixa de Gaza.

Em 2023, Israel intensificou as detenções e agravou as condições dos detidos, acusaram as mesmas fontes, que denunciam a falta de condições em que se encontram os prisioneiros, referindo em concreto o caso de Abu Zneid. 

"Houve uma súbita e grave deterioração do estado de saúde e a administração da prisão atrasou deliberadamente a transferência (de Abu Zneid) para o hospital, até que entrou em coma e foi transferido para o hospital no dia 06 de janeiro", refere um comunicado conjunto da Autoridade Palestiniana para os Prisioneiros e da Associação dos Prisioneiros, organizações que defendem os direitos dos reclusos.

As associações de prisioneiros afirmam ter tido conhecimento do estado de saúde de Abu Zneid através do testemunho de um dos companheiros no estabelecimento prisional de Rimon.

Abu Zneid é o quinto prisioneiro em regime de prisão preventiva a perder a vida desde 07 de outubro de 2023, o dia dos ataques do Hamas em território israelita em que 1.200 pessoas foram mortas e 251 raptadas, desencadeando a guerra em Gaza.

A prisão preventiva é uma prática administrativa legal em Israel amplamente criticada por organizações de direitos humanos, aplicada apenas em territórios ocupados e que permite que as pessoas sejam presas por seis meses (com a opção de renovação da sentença indefinidamente) sem julgamento, acusações formais ou acesso a provas contra o detido.

O prisioneiro que morreu no hospital de Soroka estava detido ao abrigo desta legislação desde 27 de junho de 2023, antes do início da guerra.

"Este é o período mais sangrento da história do movimento dos prisioneiros desde 1967", denunciaram as associações de cativos, que contabilizam em 292 o número total de prisioneiros mortos em estabelecimentos prisionais israelitas desde a guerra de 1967.

As organizações de defesa dos presos elevaram o número total de prisioneiros palestinianos atualmente nas prisões israelitas para 10.400, sem contar com os detidos em Gaza.

Entre os presos contam-se 85 mulheres, quatro das quais são de Gaza.

Do total, 1.886 prisioneiros são qualificados por estas organizações como "combatentes".

As mesmas fontes indicam que 3.376 pessoas encontram-se em regime de prisão preventiva, sem culpa formada. 

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