O número é inferior ao registado em 2024, quando atingiu 6,9 milhões de pessoas, disse o OCHA, em comunicado.
De acordo com a agência da ONU, o plano de resposta deste ano requer um financiamento dos doadores de 1,4 mil milhões de dólares (1,373 mil milhões de euros), menos 200 milhões de dólares (196 milhões de euros) do que no ano passado.
"Embora a situação humanitária na Somália tenha melhorado ligeiramente em comparação com os anos anteriores, a insegurança gerada pelo conflito tornou-se a principal causa de deslocação interna", afirmou o OCHA.
Além disso, o aumento da frequência das secas e inundações cíclicas está a pôr à prova a "resistência de milhões de somalis e o país continua a enfrentar múltiplas crises, incluindo choques climáticos, conflitos prolongados, deslocações, surtos de doenças galopantes e pobreza generalizada".
O OCHA estima que 3,5 milhões de pessoas continuam deslocadas das suas casas neste país do Corno de África.
"A assistência humanitária sustentada é essencial para salvar vidas na Somália, mas deve ser acompanhada de investimentos em soluções a longo prazo para quebrar o ciclo de vulnerabilidade", acrescentou.
O Corno de África sofreu a pior seca em quatro décadas entre 2020 e 2023, uma escassez de água que deixou a Somália à beira da fome e 6,6 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda, segundo a ONU.
A Somália também vive em estado de conflito e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem Governo efetivo e nas mãos de milícias islâmicas e senhores da guerra.
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