O Papa Francisco, que fez 88 anos no mês passado, desvalorizou as preocupações sobre o seu estado de saúde e garantiu estar "bem", não tendo intenções de se demitir da liderança da Igreja Católica.
"Estou bem", afirmou o pontífice na sua autobiografia 'Esperança', publicada esta terça-feira, citado pela agência de notícias Reuters. "A realidade é, muito simplesmente, que estou velho".
Francisco defendeu ainda que, apesar de usar uma cadeira de rodas devido a dores nos joelhos e nas costas, a "Igreja é governada com a cabeça e o coração, não com as pernas".
Segundo recorda a Reuters, o Papa sofreu de gripe e problemas relacionados nos últimos dois anos. Em 2021, foi submetido a uma cirurgia para tratar uma diverticulite e, em 2023, a uma hérnia.
"Cada vez que um papa adoece, os ventos de um conclave parecem sempre estar a soprar", escreveu no livro. "A realidade é que, mesmo durante os dias de cirurgia, nunca pensei em demitir-me", afirma.
O livro intitulado 'Esperança' foi escrito na primeira pessoa em colaboração com Carlos Musso, conta com mais de 350 páginas e chegou às livrarias de cerca de 30 países esta terça-feira para assinalar o Jubileu da Igreja Católica.
Papa condena populismos e defende divorciados e homossexuais na sua autobiografia
O Papa Francisco lamenta o crescimento dos populismos, defende os homossexuais e divorciados, e critica os tradicionalistas católicos ao mesmo tempo que pede um novo papel da Igreja num tempo de conflitos e incertezas, comparável ao primeiro milénio.
Lusa | 07:00 - 14/01/2025Na obra, Francisco conta as suas origens como Jorge Bergoglio, nascido em 1936, filho de imigrantes italianos e o seu percurso individual, parte dele durante a "longa e terrível noite" da ditadura argentina.
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