Entre os milhares de apoiantes de Donald Trump a celebrar nas ruas em torno da Capital One Arena, um pavilhão no centro da capital onde as cerimónias de tomada de posse estão a ser transmitidas em ecrãs gigantes, estava George Lulaaj, entusiasmado com o regresso à Casa Branca "do melhor Presidente que os Estados Unidos já tiveram".
"Se tudo correr bem, teremos novamente mais quatro anos de muito sucesso. Ele preocupa-se com o povo e certamente que irá recuperar a economia deste país", defendeu o nova-iorquino nascido na Albânia, que trabalha no ramo imobiliário.
"A inflação está mesmo muito alta, é um grande problema para todos nós, mas Trump vai saber guiar-nos e, pelo caminho, espero que também faça com que as guerras no mundo acabem", acrescentou.
Donald Trump foi hoje empossado como o 47.º Presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia no Capitólio em Washington que marca o seu regresso para um segundo mandato na liderança da Casa Branca.
A cerimónia em Washington foi marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita, mas com poucos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia, à exceção da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
O político republicano foi Presidente entre 2017 e 2021, após perder a reeleição em 2020 para o democrata Joe Biden, a quem sucede agora no cargo.
Para se aquecerem, muitos apoiantes dançavam ao som de músicas do grupo The Village People, que marcaram a campanha eleitoral de Trump.
O comércio de camisolas, bandeiras e bonés com o nome de Donald Trump também não parou.
Diretos de Nova Iorque para a capital norte-americana vieram também Mark e Peter, dois irmãos que veem em Donald Trump "um líder excepcional", o "único capaz de reverter a trajetória em declínio" dos Estados Unidos.
Peter, um polícia, indicou à Lusa que espera que o novo Presidente coloque mais forças de segurança a patrulhar as ruas. Quando questionado sobre a possibilidade de Trump perdoar os invasores do Capitólio, incluindo várias pessoas que agrediram polícias nesse ataque à Democracia, Peter admitiu esperar que tal não aconteça.
"À exceção desse ponto, concordo com tudo o que ele decidir", afirmou o jovem agente.
Thaís, uma brasileira de 42 anos a viver há 12 no estado de Massachusetts, admitiu estar "muito entusiasmada " com os próximos quatro anos.
"Acho que grandes coisas vão acontecer, não só nos Estados Unidos, mas também na América Latina. Acredito que, com Donald Trump, as relações internacionais vão-se fortificar, assim como a economia e a segurança interna", avaliou.
Durante o Governo de Joe Biden "tudo piorou, principalmente em relação à economia e também à segurança pública. Acho que realmente as coisas agora vão mudar", defendeu a imigrante.
Opinião semelhante foi partilhada por Carolina, uma empresária brasileira de 37 anos, também de Massachusetts, que viajou para Washington para testemunhar "este momento histórico".
"Para mim isto é uma celebração, uma vitória. Quando cheguei aos Estados Unidos, era ele quem estava no Governo e a economia estava muito boa. Desde que Biden entrou, a economia caiu demais. Então, acredito que ele veio para fazer grandes coisas. Estou bem animada", celebrou, em declarações à Lusa junto à Capital One Arena.
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