"Morremos e ressuscitámos" - foi assim que a mãe da recém-nascida que na terça-feira foi raptada de um hospital em Itália reagiu, depois de a menina ter sido localizada e recuperada pela polícia.
De recordar que a criança foi levada da clínica Sacro Cuore, em Cosenza, por uma mulher que se fez passar por enfermeira e que tinha fingido, durante nove meses, estar grávida.
Federico e Valeria, os pais, não vão esquecer a difícil tarde que passaram, tal como transmitiram numa publicação divulgada nas redes sociais.
"Uma mãe e um pai que morreram e ressuscitaram ontem", escreveu Valeria, esta quarta-feira, segundo cita a imprensa italiana, ao descrever três longas horas.
"Acho que nunca vou ultrapassar isto, mas o final feliz é que ela está bem", escreveu ainda, referindo que a família "se estava a desfazer em mil pedaços".
Na mesma publicação, Valeria, que já era mãe de um menino de seis anos, agradeceu à polícia e a todos os que participaram nas buscas: "Fizeram um trabalho excecional, enquanto eu tinha perdido a esperança, uma cidade inteira, ou melhor, uma região, parou para procurar a nossa menina."
Na manhã de hoje, o pai foi buscar a criança a um hospital, onde ficou para ser examinada e onde Valeria ainda está internada, e à chegada a felicidade estava estampada no seu rosto cansado. "Foi maravilhoso voltar a abraçar a minha filha", disse, segundo a Ansa.
A criança ganhou o nome de Sofia. "Será que um dia ela vai saber? Quando for mais velha. Agora queremos estar calmos, serenos e esquecer o dia de ontem", completou o pai.
De recordar que a menina tinha menos de 24 horas de vida quando ocorreu o rapto. A suspeita foi identificada como Rosa Vespa, de 51 anos, natural de Cosenza, mulher que não podia ter filhos. Agiu com a ajuda do companheiro, Aqua Moses, de 43 anos.
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