A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse hoje em conferência de imprensa que Pequim está "profundamente chocada" com o ataque.
"A China é contra todas as formas de terrorismo", vincou a porta-voz, apelando à "repressão do Estado Islâmico (EI) e de outras organizações terroristas listadas pelo Conselho de Segurança da ONU".
"A China vai continuar a prestar muita atenção à situação de segurança no Afeganistão e a apoiar as autoridades afegãs no combate a todas as formas de violência terrorista e na manutenção da segurança e da estabilidade no país", acrescentou Mao, exortando o governo afegão a tomar as medidas necessárias "para garantir a segurança dos cidadãos e das organizações chinesas no país".
De acordo com a polícia local, a vítima trabalhava numa mina de ouro na região, que faz fronteira com o Tajiquistão.
Um ramo local do grupo islâmico Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque.
A China é um dos poucos atores internacionais que manteve relações diplomáticas com o Afeganistão desde que os talibãs chegaram ao poder em agosto de 2021.
Os dois países partilham uma pequena fronteira internacional de apenas 76 quilómetros na parte mais oriental do chamado Corredor de Wajan, uma passagem remota na cordilheira de Pamir.
As empresas chinesas, com o apoio de Pequim, têm procurado aproveitar as oportunidades de exploração dos vastos depósitos de recursos não desenvolvidos do Afeganistão, especialmente a mina de Mes Aynak, que se crê conter o maior depósito de cobre do mundo.
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