"Nada de particularmente novo" nas declarações de Trump, diz Peskov

A Rússia não viu "nada de particularmente novo" nas declarações de Donald Trump sobre a Ucrânia, incluindo ameaças de novas sanções contra Moscovo, e está aberta ao diálogo, afirmou hoje o porta-voz do Kremlin (presidência).

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© Sefa Karacan/Anadolu via Getty Images

Lusa
23/01/2025 10:33 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Não vemos nada de particularmente novo", respondeu Dmitri Peskov aos jornalistas que o questionaram sobre as declarações do novo Presidente dos Estados Unidos, segundo a agência francesa AFP.

 

Trump, que prometeu acabar com a guerra em 24 horas e está agora a pedir 100 dias para alcançar a paz, ameaçou na terça-feira impor mais sanções à Rússia se o Presidente Vladimir Putin se recusar a negociar um cessar-fogo com a Ucrânia.

Trump disse ainda que estava a reconsiderar o envio de armas para a Ucrânia e que tencionava falar "muito em breve" com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com Putin.

Peskov disse que no primeiro mandato como presidente (2017-2021), Trump se tornou no Presidente dos Estados Unidos que mais vezes recorreu a sanções.

"Ele gosta destes métodos. Pelo menos gostava deles durante a sua primeira presidência", disse, desvalorizando as ameaças de Trump de introduzir novas sanções e tarifas contra a Rússia se não for alcançado um acordo sobre a Ucrânia.

"Estamos a observar muito atentamente toda a retórica, todas as declarações, estamos a registar cuidadosamente todas as 'nuances'", acrescentou Peskov, citado pela agência russa Interfax.

O porta-voz do Kremlin disse ainda que a Rússia continua pronta para o diálogo com Trump "em pé de igualdade e num espírito de cooperação".

"Este diálogo teve lugar entre os dois presidentes durante a primeira presidência de Trump. Estamos à espera de sinais que ainda não foram recebidos", acrescentou Peskov.

Referiu que Putin vai manter hoje um contacto internacional por telefone, mas assegurou que "não é a tal conversa", numa alusão a Trump.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

A Ucrânia tem contado com o apoio de países aliados para fazer frente às tropas russas, sendo os Estados Unidos o maior fornecedor de armamento e de ajuda financeira de Kyiv.

Trump tomou posse na segunda-feira e o seu regresso à presidência dos Estados Unidos fez criar o receio de que o apoio norte-americano à Ucrânia possa diminuir.

Além da ajuda financeira e em armamento, os aliados de Kyiv têm imposto sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o custo da guerra contra a Ucrânia.

Leia Também: Dois dias depois de ter sido perdoado por Trump, foi novamente detido

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