Um homem foi apanhado, na quarta-feira, a transportar o corpo da mãe, de cem anos e que tinha morrido no dia anterior, na Rua Cândido Benício, em Campinho, zona norte do Rio de Janeiro, no Brasil. O momento foi captado em vídeo e tornou-se viral nas redes sociais.
No depoimento que prestou à polícia, o filho da idosa contou que a mãe, que não conseguia andar, começou a sentir-se mal na terça-feira, quando estava na cama. Ainda nesse dia, teve um "mal súbito" e morreu a seguir.
Depois de se aperceber da morte, o homem diz ter ligado para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que só se terá deslocado à casa após um segundo contacto. No local, uma médica declarou o óbito e garantiu que os serviços sociais iriam buscar o corpo.
No entanto, como ninguém apareceu, na quarta-feira o filho decidiu colocar o corpo da mãe numa cadeira de rodas e transportá-lo até ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da Praça Seca.
Durante o percurso, o homem afirmou que foi abordado por várias pessoas que o acusaram de ter matado a idosa e acrescentou que algumas até o agrediram. Contudo, a polícia, citada pelo jornal brasileiro G1, garante que chegou à esquadra sem qualquer ferimento.
Em reação ao caso, a Secretaria de Assistência Social da zona afirmou que o CRAS está disponível para "prestar o apoio necessário" à família da vítima e oferece o funeral a pessoas em situação vulnerável. Para terem direito ao serviço, basta apresentarem a declaração de óbito, identidade e comprovativo de morada do parente responsável pelo pedido.
Já o Samu local garantiu que uma ambulância se deslocou à morada indicada ainda na terça-feira.
"A equipa constatou o óbito e emitiu a declaração. Como protocolo, a Central do Samu tentou diversas vezes o contacto com familiares para informar sobre o funeral gratuito, atribuição das concessionárias contratadas pelos municípios", acrescentou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
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