"O Hezbollah (Partido de Deus), como sempre, coloca interesses mesquinhos à frente dos do Estado libanês e tenta, através dos dirigentes, 'aquecer' a situação", disse o porta-voz do Exército israelita Avichai Adrai, numa mensagem publicada nas redes sociais.
Adrai sublinhou que as tropas israelitas foram recentemente reposicionadas em vários locais do sul do Líbano, em conformidade com o acordo de cessar-fogo e com o objetivo de permitir gradualmente a implantação efetiva do Exército libanês e de desmantelar e "eliminar o grupo terrorista Hezbollah".
O mesmo responsável disse ainda que a aplicação do acordo ainda se mantém, uma vez que o processo de implantação está a ser efetuado gradualmente.
Em algumas áreas, especificou, A retirada está atrasada sendo preciso mais tempo para garantir que o Hezbollah não venha a colocar novas forças no terreno.
A este respeito, Adrai disse também que o Exército israelita vai em breve informar sobre os locais para onde os civis deslocados podem regressar.
"Pedimos-lhes que esperem e não permitam que o Hezbollah regresse e os explore numa tentativa de encobrir as repercussões devastadoras de decisões irresponsáveis em detrimento da segurança do Estado libanês", afirmou.
A declaração de Adrai ocorreu horas depois de a Administração dos Estados Unidos ter anunciado que o prazo para a retirada das tropas israelitas do sul do Líbano tinha sido prorrogado até ao próximo dia 18 de fevereiro.
A data foi confirmada pelo primeiro-ministro cessante do Líbano, Nayib Mikati, que reafirmou empenho de Beirute na aplicação do cessar-fogo.
O Hezbollah não fez ainda qualquer comentário sobre o assunto.
O prolongamento deste prazo, que deveria ter expirado no domingo, foi anunciada horas depois de 22 pessoas terem sido mortas a tiro por soldados israelitas quando tentavam regressar às casas onde residiam no sul do Líbano.
Segundo o Ministério da Saúde libanês, 125 deslocados ficaram feridos.
Leia Também: Centenas de palestinianos começam a regressar ao norte de Gaza