Segundo o relato da organização humanitária Sea Punks, o seu navio de salvamento 'Sea Punk I' recuperou o corpo de uma criança de 3 anos de idade.
Uma outra criança, de 2 anos de idade, morreu enquanto uma equipa médica tentava salvar os náufragos, indicou o porta-voz da organização, Gerson Reschke, citado pelas agências internacionais.
De acordo com os testemunhos dos sobreviventes do naufrágio, várias outras pessoas afogaram-se durante a viagem, incluindo uma outra criança.
A organização humanitária Sea Punks disse que os migrantes estavam à deriva, agarrados a ambos os lados da embarcação precária quando o navio de salvamento chegou ao local após ter recebido um pedido de socorro.
Todo o equipamento de salvamento disponível foi utilizado para salvar o maior número possível de pessoas, indicou a organização alemã.
O salvamento ocorreu na zona de busca e salvamento de Malta, que se encontra mais próxima da ilha de Lampedusa, no extremo sul de Itália.
Um helicóptero de salvamento de Malta retirou do local do naufrágio uma mulher grávida e um homem gravemente ferido.
O navio 'Sea Punk I' transferiu 15 sobreviventes e os corpos das duas crianças para um navio da guarda costeira italiana, que os levou para Lampedusa.
Muitos dos migrantes resgatados apresentavam sinais de hipotermia.
O Projeto de Migrantes Desaparecidos, coordenado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM, agência que integra o sistema das Nações Unidas), calcula que o número de mortos e desaparecidos no Mediterrâneo Central ascende a 24.506 entre os anos de 2014 e 2024.
O organismo admite que o número pode ser superior, uma vez que muitas mortes não são registadas.
A rota migratória do Mediterrâneo Central, encarada como uma das mais mortais, sai da Tunísia, Argélia e da Líbia em direção ao território italiano, em particular à ilha de Lampedusa, e a Malta.
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