As autoridades australianas anunciaram, esta quarta-feira, que conseguiram impedir um possível ataque antissemita nos subúrbios de Sydney, após localizarem uma caravana com explosivos, há 10 dias.
"Esta caravana continha explosivos e indícios de que poderiam ser utilizados num atentando antissemita", indicou o vice-comissário da polícia de Nova Gales do Sul, David Hudson, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Em conferência de imprensa, o responsável adiantou que a carrinha foi encontrada em Dural, um subúrbio de Sydney, e que a investigação envolvia mais de 100 polícias.
Foram já efetuadas detenções "relacionadas com este assunto", mas o vice-comissário recusou adiantar mais pormenores.
"Compreendemos a preocupação da comunidade judaica e levamos muito a sério todas estas ameaças", acrescentou, frisando, contudo, que o caso não foi classificado como "incidente terrorista".
Nas redes sociais, o primeiro-ministro do Estado de Nova Gales do Sul, Chris Minns, disse ter dito conhecimento de uma "investigação em curso sobre uma caravana com explosivos deixada em Dural", acreditando-se que "estes explosivos faziam parte de uma tentativa de ataque antissemita".
Statement from the NSW Premier. pic.twitter.com/OxHXuPCJ0m
— Chris Minns (@ChrisMinnsMP) January 29, 2025
O governante garantiu ainda que "qualquer pessoa que tente este nível de violência" terá uma resposta "policial maciça". "O público pode ter a certeza de que a polícia de Nova Gales do Sul não vai parar até que essas pessoas sejam derrotadas e colocadas atrás das grades", atirou.
Segundo a AFP, os explosivos encontrados eram do tipo Powergel, um produto utilizado na indústria mineira e cuja quantidade era suficiente para devastar uma área de 40 metros de diâmetro.
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