Tamim bin Hamad Al-Thani foi recebido à chegada pelo "Presidente da República Árabe Síria Ahmad al-Charaa", segundo o gabinete do Emir, citado pela agência francesa AFP
A visita, após a tomada do poder em Damasco pela aliança rebelde liderada pelo grupo radical islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), em 08 de dezembro, segue-se à do primeiro-ministro do Qatar, em meados de janeiro.
Ao contrário de outros países árabes nos últimos anos, o Estado do Golfo, que apoiou a oposição durante a guerra na Síria, nunca restabeleceu relações diplomáticas com o regime de Assad.
A embaixada da Síria em Doha tinha dito anteriormente que o emir vai manter conversações com o Presidente interino, Ahmad al-Charaa, "durante uma visita histórica que se centrará na cooperação e na ajuda em vários setores".
O Qatar foi o segundo país, depois da Turquia, a reabrir a embaixada em Damasco, no dia seguinte à fuga de Assad para Moscovo, e apelou ao levantamento das sanções impostas à Síria.
O país do Golfo saudou na quarta-feira as medidas para reestruturar o Estado sírio e "consolidar a paz civil, a segurança e a estabilidade", depois de Charaa ter sido encarregado de formar um conselho legislativo provisório para o período de transição.
Durante a visita a Damasco, há duas semanas, o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed Jassim Al Thani, comprometeu-se a apoiar a reabilitação das infraestruturas sírias, devastadas por quase 14 anos de guerra civil.
Em particular, afirmou que o Qatar vai fornecer à Síria 200 megawatts de eletricidade e aumentar gradualmente a sua produção.
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