"Levantar as sanções, encorajar a reconstrução. Temos de o fazer agora, no início da transição, estamos a perder tempo", declarou Filippo Grandi numa conferência de imprensa em Ancara, quando regressava da Síria e do Líbano e antes de seguir para a Jordânia.
De acordo com os últimos dados do Ministério do Interior turco, 80.000 sírios regressaram à Síria desde a queda do regime de Bashar al-Assad, em 8 de dezembro, dos mais de três milhões registados na Turquia, disse Grandi.
De acordo com o ACNUR, 800.000 sírios já regressaram a casa, incluindo 600.000 pessoas deslocadas internamente.
"Os refugiados estão a avançar mais rapidamente do que a política", afirmou Grandi, citado pela agência francesa AFP.
"É um bom começo", comentou o diplomata italiano.
Aos refugiados que hesitam no regresso a um país que continua em guerra civil, iniciada em 2011, a Turquia autoriza que façam três visitas à Síria antes de tomarem uma decisão.
"Aproveitem esta oportunidade oferecida pela Turquia", insistiu Grandi, referindo que nem todos os países garantem as mesmas condições.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que "ninguém será forçado a regressar" e disse que espera mais movimentos durante as festas religiosas e as férias escolares, e quando estiver menos frio.
"É bom que os regressos se façam gradualmente, porque a Síria não está preparada para regressos em massa", disse Erdogan.
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