Desflorestação e queimadas ameaçam património natural em Angola

Desflorestação, queimadas, caça furtiva, conflito homem-animal e alterações climáticas são os principais desafios ao património natural em Angola, segundo o Presidente angolano, que defendeu mais apoios internacionais para travar a perda de biodiversidade.

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Lusa
30/01/2025 13:40 ‧ há 7 horas por Lusa

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Angola

João Lourenço discursou hoje em Luanda no início da Conferência Internacional sobre Biodiversidade e Áreas de Conservação, que termina na sexta-feira.

 

O chefe do executivo angolano disse que o Governo, com apoio de fundos internacionais, tem dedicado esforços para a melhoria da conservação, implementando projetos para melhorar a gestão das áreas protegidas e iniciou um processo de repovoamento animal, com girafas reintroduzidas nos Parques Nacionais da Quiçama e do Iona.

Entre as atividades ligadas ao fortalecimento das áreas de conservação apontou o levantamento da fauna nos parques nacionais, construção de postos de fiscalização, aumento do número de fiscais, mapeamento das áreas de conservação, desenvolvimento de ecoturismo, etc.

"A conservação e proteção da biodiversidade é um imperativo global para a saúde do nosso planeta", sublinhou, notando que a perda da biodiversidade coloca em risco a segurança alimentar, a qualidade da água e o combate às mudanças climáticas.

"Cada país tem o dever de contribuir, mas é igualmente importante que os esforços sejam coordenados e que os países em desenvolvimento recebam apoio técnico e financeiro para enfrentar os desafios que ameaçam o nosso património natural", acrescentou.

João Lourenço disse que a biodiversidade em Angola, com cinco mil espécies de plantas, das quais mil e duzentas endémicas, é "uma das mais importantes de África e do mundo" e que as autoridades têm estado a implementar políticas concretas relativamente à conservação, preservação e uso sustentável dos recursos do país.

O país abriga ecossistemas únicos e espécies emblemáticas, como a Palanca-Negra-Gigante e a Welwitschia Mirabilis, "uma planta que desafia o tempo com a sua resiliência no deserto do Namibe", salientou o chefe de Estado, destacando também a localização geográfica que confere um papel estratégico nas rotas migratórias de espécies importantes, como os elefantes africanos e diversas aves aquáticas.

Angola pretende expandir as áreas de conservação de 13% para 16%, tendo sido propostas novas áreas nas provincias do Huambo (Morro do Moco), Kwanza Sul (floresta da Cumbira) e Uige (serra do Pingano).

"Ainda este ano, teremos a primeira área de conservação marinha na costa da província do Namibe, bem como a primeira reserva da biosfera, que se estenderá do Parque Nacional da Quissama ao mar", prosseguiu.

Angola tem atualmente 14 áreas de conservação terrestres das quais nove parques nacionais, um parque regional, duas reservas naturais integrais e duas reservas parciais.

A nível nacional onze zonas húmidas foram aprovadas pela Assembleia Nacional em Julho de 2016, para serem candidatas a Sítios Ramsay de Importância Internacional.

Leia Também: Cólera em Angola já matou mais de 50 pessoas desde início do surto

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