Fundo ambiental de São Tomé deverá receber projetos em breve

O fundo ambiental e climático de São Tomé deverá receber projetos em breve, no âmbito do acordo de conversão de "dívida por natureza" entre o Governo português e são-tomense assinado em 2023, disse hoje o embaixador português no arquipélago.

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Lusa
06/02/2025 20:12 ‧ há 3 horas por Lusa

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São Tomé

Luís Leandro da Silva, respondia à Lusa no final de encontro com o primeiro-ministro são-tomense, Américo Ramos, tendo afirmado que "foi um tema também prioritário" da conversa.

 

"Falámos exatamente na necessidade de operacionalizá-lo [o fundo] desejavelmente este ano, o mais cedo possível e os passos têm de ser feitos para que isso seja uma realidade e estamos convencidos e confiantes que vamos dar passos nesse sentido", disse o diplomata.

Segundo o embaixador português, o acordo prevê que a criação do fundo ambiental e climático tem de ser criado pelo Governo de São Tomé e Príncipe, adiantando que os dois países estão em diálogo para o efeito.

"Esse será o último passo para a concretização do programa para depois os projetos poderem ser submetidos à concurso e estamos convencidos e o senhor primeiro-ministro reiterou que fará todos os possíveis para que esse passo seja concretizado em breve", adiantou.

Em causa está a troca de dívida bilateral de São Tomé e Príncipe a Portugal, por investimentos climáticos no mesmo valor, prevendo inIcialmente o montante de 3,5 milhões de euros.

O mesmo acordo assinado entre Cabo Verde e Portugal prevê o valor de 12 milhões de euros.

O embaixador de Portugal em São Tomé destacou que a transição energética "é um tema fundamental para o futuro de São Tomé e Príncipe e é uma área onde Portugal tem uma experiência (...) larguíssima e com empresas com grande capacidade nesse setor".

No primeiro encontro com o primeiro-ministro são-tomense, empossado em 14 de janeiro, o embaixador de Portugal disse ter analisado a cooperação entre os dois países e reiterou o apoio de Portugal ao novo executivo.

"A nossa cooperação, como sabem, é muito forte em setores como a saúde, a educação, a defesa, de forma crescente, a proteção social, a justiça, mas falamos também em reforçar áreas onde já existem projetos e ações, mas que achamos que são áreas que devem ser reforçadas, como a questão da transição energética, o turismo, a agricultura, são aspetos muito importantes para o futuro", sublinhou.

Luís Leandro da Silva disse que o valor da cooperação entre Portugal e São Tomé e Príncipe na última década ultrapassou os 160 milhões de euros, sendo que atual programa estratégico de cooperação PEC 2021-2025 tem um envelope financeiro de 60 milhões de euros, "que já foi todo comprometido e está todo em execução", prevendo-se para março a presença em São Tomé do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação portuguesa, para fazer o balanço do atual PEC e perspetivar um novo instrumento.

O diplomata português disse ter felicitado o primeiro-ministro são-tomense "pelo sucesso da atual Presidência de São Tomé" da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e "pelo dinamismo que estão a imprimir aos trabalhos da organização".

Também falou com o chefe do Governo são-tomense sobre os últimos desenvolvimentos da candidatura portuguesa a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o biénio 2027-2028, realçando que "há um endosso dessa candidatura por parte de todos os Estados da CPLP".

Leia Também: Banco Mundial destaca São Tomé como "exemplo de boas práticas"

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