Para Noboa, a recontagem em várias províncias do país revelou "coisas que não batem certo" e que contradizem os resultados preliminares apurados pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que lhe atribuiu "um número superior" de votos em relação à contagem oficial.
Em declarações à Radio Centro, o governante referiu que "em certas províncias os eleitores receberam ameaças de grupos armados para votarem no candidato que os representa", num ataque implícito à sua oponente.
"Estou orgulhoso e totalmente grato por um povo que se manifestou, um povo que disse não ao crime, aos grupos narcoterroristas, à corrupção; e um povo que disse sim à esperança, que disse sim a uma nova era, a um governo que trabalhou muito por ele", afirmou.
Questionado sobre se, neste cenário, reconhece o resultado das eleições, Daniel Noboa evitou comentar, preferindo agradecer o apoio dos cidadãos à sua candidatura e manifestar a sua intenção de tentar convencer os dois milhões de equatorianos que se abstiveram.
A primeira volta das eleições presidenciais decorreu domingo e Noboa venceu por uma margem de apenas 0,2% - pouco mais de 20 mil votos - contra González, que, no entanto, defende nas suas redes sociais que foi a mais votada nas urnas.
A segunda volta está agendada para 13 de abril.
No domingo, além da primeira volta das presidenciais decorreram ainda eleições legislativas que determinaram a vitória do partido de Noboa, apesar de ainda necessitar de alianças para garantir uma maioria.
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