Fracassam esforços de líder da extrema-direita austríaca para formar Governo

O líder da extrema-direita austríaca, Herbert Kickl, afirmou hoje que as negociações para a formação de um Governo de coligação com um partido conservador fracassaram.

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© Michaela Nagyidaiova/Bloomberg via Getty Images

Lusa
12/02/2025 15:16 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Áustria

O Presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, deu a Kickl um mandato para tentar formar um novo Governo a 06 de janeiro, depois de terem falhado as iniciativas para formar uma aliança governamental com o seu Partido da Liberdade.

 

Mas as conversações do líder da extrema-direita com o Partido Popular Austríaco, conservador, pareceram tornar-se cada vez mais problemáticas nos últimos dias, com constantes referências a divergências políticas e a um conflito sobre quem ficaria com que ministérios.

Hoje, Kickl informou o chefe de Estado austríaco de que desistia do mandato para formar aquele que seria o primeiro Governo nacional liderado pela extrema-direita desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O partido anti-imigração e eurocético de Kickl, que se opõe às sanções à Rússia, venceu as eleições legislativas na Áustria em setembro do ano passado. Obteve 28,8% dos votos e bateu o Partido Popular do então chanceler, Karl Nehammer, que se classificou em segundo lugar.

Mas, em outubro, o Presidente austríaco deu a Nehammer a primeira oportunidade de formar um novo Governo, depois de o partido deste ter afirmado que não aceitaria participar num Governo com o Partido da Liberdade, de Kickl, e de outros se terem recusado a trabalhar com o partido da extrema-direita.

Essas negociações fracassaram nos primeiros dias do novo ano e Nehammer demitiu-se, dando lugar a Alexander Schallenberg como chanceler interino.

Kickl apontou o dedo ao Partido Popular de Nehammer pelo fracasso na formação de um novo executivo. Numa carta dirigida ao Presidente da República, divulgada pelo seu partido, Kickl afirma que os seus potenciais parceiros de coligação tinham insistido em repartir os ministérios do novo Governo antes de esclarecerem questões políticas de fundo e que não conseguiram chegar a acordo.

"Não é sem pesar que dou este passo", afirmou, mas acrescentando que parecia não fazer sentido tentar negociar com o Partido Social-Democrata, de centro-esquerda, a única outra formação com a qual o Partido da Liberdade poderia alcançar uma maioria parlamentar. Os sociais-democratas recusaram-se a trabalhar com o partido de Kickl.

"A Áustria não tem tempo a perder", sustentou o líder da extrema-direita.

Não ficou imediatamente claro o que se seguirá: se a Áustria vai de novo para eleições, se outros partidos vão fazer mais uma tentativa para formar uma coligação alternativa, ou se um Governo não-partidário, composto por especialistas, pode ser nomeado por, pelo menos, um período provisório.

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