A investigadora Diala Haidar, da organização não-governamental (ONG) no Iémen, avaliou a notícia da morte como "verdadeiramente aterradora" e exigiu "uma investigação urgente, independente, eficaz e imparcial sobre as circunstâncias" deste caso.
A mesma fonte acrescentou que "esta morte sob custódia faz temer a segurança e o bem-estar de todos os outros que permanecem detidos, incluindo mais de 65 membros de agências da ONU e de organizações iemenitas".
O Secretário-Geral das Nações Unidas, o português António Guterres, apelou na terça-feira a uma investigação "imediata, transparente e exaustiva" das circunstâncias desta "tragédia deplorável", recordando as detenções arbitrárias de dezenas de trabalhadores da ONU e de outras agências e organizações humanitárias.
A detenção de oito trabalhadores humanitários, dos quais sete do PAM, levou a ONU a suspender segunda-feira todas as operações de ajuda na província de Saada, uma medida "extraordinária e temporária" para garantir a segurança dos seus funcionários e possibilitar às autoridades de facto para "libertar" os detidos.
Desde maio de 2024, os Huthis prenderam 13 membros do pessoal da ONU e pelo menos 50 membros de organizações da sociedade civil iemenitas e internacionais, contabilizou a Amnistia Internacional.
Até à data, apenas três pessoas foram libertadas: um membro da ONU e dois elementos de ONG.
De acordo com a ONU, as múltiplas detenções de trabalhadores humanitários estão a agravar gravemente a situação no Iémen, onde pelo menos 80% da população depende de ajuda para sobreviver.
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