Com a viagem a decorrer numa altura em que o cessar-fogo acordado em janeiro entre Telavive e o movimento islamita radical Hamas -- que inclui a libertação de reféns israelitas em troca de prisioneiros palestinianos - está ameaçado, Metsola deverá reiterar o empenho europeu na procura da paz na região, tendo já realizado os primeiros encontros em Jerusalém.
"A Europa está disposta a intensificar o seu empenhamento e a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar o acordo de cessar-fogo e de libertação dos reféns a concretizar-se, a fim de proporcionar uma via para o aumento da ajuda e um elemento fundamental para uma paz sustentável", escreveu Metsola nas redes sociais.
A presidente do PE tinha já visitado Israel após o ataque do Hamas em outubro em 07 de outubro de 2023.
Em meados de janeiro, as partes chegaram a acordo sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza, acompanhado pela troca de 33 israelitas reféns do Hamas por centenas de prisioneiros palestinianos.
Cinco trocas de reféns já ocorreram até ao momento, embora o Hamas tenha bloqueado novas libertações de reféns, devido ao alegado fracasso de Israel em cumprir os seus compromissos humanitários, o que resultou numa ameaça, pelo ministro da Defesa israelita, Israel Katz, de retomar a guerra no enclave.
"Se o Hamas interromper a libertação dos reféns, então não haverá acordo (de cessar-fogo) e haverá guerra", ameaçou Katz durante uma visita ao Centro de Comando de Operações das Forças de Defesa de Israel, explicando que qualquer hipotético retomar da guerra será "diferente em intensidade" do que foi antes do acordo.
Entretanto, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump exigiu que o Hamas libertasse todos os reféns até sábado, ameaçando "abrir as portas do inferno" em Gaza.
Leia Também: Conferência de Munique arranca amanhã em ambiente de tensão e incerteza