Ucrânia admite perda de área em Kursk ao reivindicar controlo de 500 km²

A Ucrânia afirmou hoje que controla 500 quilómetros quadrados (km²) na região fronteiriça russa de Kursk, que Kiev pretende potencialmente utilizar como território de troca com Moscovo, o que representa menos 200 km² do que em novembro.

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© Yan Dobronosov/Global Images Ukraine via Getty Images

Lusa
13/02/2025 17:41 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Temos a nossa própria zona de segurança no território da Federação Russa (...) cobrindo cerca de 500 quilómetros quadrados", explicou o chefe do Estado-Maior ucraniano, Oleksandr Syrskyi, numa mensagem publicada na rede social Facebook, citada pela agência francesa AFP.

 

Kyiv já controlou mais de metade deste território fronteiriço russo, que foi alvo de uma ofensiva ucraniana em agosto passado. Na altura a Ucrânia reivindicou ter ocupado 1.400 km2.

Em declarações citadas pela agência espanhola EFE, o general ucraniano insistiu que a ocupação do território russo permite à Ucrânia criar um "cordão sanitário" para evitar possíveis operações transfronteiriças russas contra as regiões ucranianas de Kharkov e Sumy.

Estas palavras de Oleksandr Syrskyi surgem antes de um encontro esperado entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e altos funcionários da administração norte-americana em Munique, na sexta-feira.

Na terça-feira, numa entrevista ao diário britânico The Guardian, Zelensky declarou-se disposto a "uma troca" de territórios com a Rússia, no contexto de eventuais negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos, considerando que a Europa sozinha não conseguirá garantir a sua segurança.

Se o Presidente norte-americano, Donald Trump, conseguir levar a Ucrânia e a Rússia à mesa das negociações, "trocaremos um território por outro", assegurou Zelensky, na entrevista, embora acrescentando não saber que território pediria Kyiv em troca.

"Não sei, veremos. Mas todos os nossos territórios são importantes, não há nenhuma prioridade", afirmou na mesma altura.

A Rússia já recusou até ao momento tal possibilidade.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O conflito de quase três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.

Leia Também: "Não podemos aceitar". Zelensky não reconhecerá acordo que exclua Kyiv

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