"A Rússia voltou a atacar de forma imprudente a instalação nuclear de Chernobyl. Tais ataques a instalações nucleares civis são inaceitáveis", escreveu na rede social X a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas.
"Mostra mais uma vez que a Rússia não procura a paz" na guerra da Ucrânia, adiantou a chefe da diplomacia comunitária.
Esta manhã, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que um 'drone' russo carregado de explosivos atingiu uma estrutura que evita fugas de radiação na central nuclear de Chernobyl, no norte da Ucrânia.
De acordo com a Presidência da Ucrânia, os danos são significativos, mas os níveis de radiação não se agravaram até ao momento.
Também a Agência Internacional de Energia Atómica confirmou que um 'drone' atingiu instalações de proteção do reator da central nuclear ucraniana, adiantando que não foi até agora detetado qualquer aumento da radiação.
O comunicado de Zelensky sobre o ataque russo contra a estrutura da central nuclear de Chernobyl foi difundido através das redes sociais poucas horas antes do encontro com o vice-presidente norte-americano J.D. Vance na Alemanha.
"Esta estrutura de proteção foi construída pela Ucrânia em conjunto com outros países da Europa e do mundo, em conjunto com os Estados Unidos, em conjunto com todos aqueles que estão empenhados na verdadeira segurança da humanidade", disse o chefe de Estado ucraniano.
Zelensky acusou a Rússia de ser o único país do mundo que ocupa centrais nucleares e faz a guerra sem se preocupar com as consequências.
O Presidente ucraniano deverá reunir-se hoje com a nova administração dos Estados Unidos na Alemanha, na sequência do contacto entre Donald Trump e Vladimir Putin, que suscitou críticas em Kiev e junto de aliados europeus.
Por outro lado, as forças de defesa antiaérea russas disseram que abateram durante a noite 50 'drones' ucranianos sobre o território de três regiões do país.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O conflito de quase três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.
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