"O primeiro-ministro espera encontrar-se com o Presidente Trump em breve para discutir como podemos aprofundar a relação especial nas áreas do comércio, investimento e segurança", disse o porta-voz em declarações à comunicação social.
A visita de Starmer à capital federal norte-americana terá lugar dias depois da reunião de emergência de líderes europeus, hoje agendada para Paris, para discutir a segurança e a defesa na Europa, na qual o governante britânico estará presente.
Os líderes de oito países europeus, os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, participam hoje numa reunião promovida pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a Ucrânia e segurança na Europa.
O objetivo é dar início a consultas entre os líderes da União Europeia (UE) sobre a situação na Ucrânia e as questões de segurança na Europa, incluindo também parceiros europeus.
O jornal The Times avança hoje que o chefe do Governo britânico "vai tentar convencer o Presidente Trump a não abandonar a Ucrânia", atuando como intermediário entre a Europa e os Estados Unidos da América (EUA).
Altos representantes dos EUA e da Rússia vão reunir-se na terça-feira em Riade, na Arábia Saudita, para discutir a normalização das relações bilaterais, os preparativos para uma cimeira entre os dois presidentes e futuras conversações de paz sobre a Ucrânia.
Num artigo publicado no domingo à noite no jornal Daily Telegraph, Starmer afirmou estar preparado para enviar tropas britânicas para a Ucrânia para "contribuir para as garantias de segurança" no país da Europa de Leste.
Em declarações hoje aos jornalistas durante a visita a um hospital em Bristol, transmitidas pela estação Sky News, Starmer reiterou que o Reino Unido enfrenta um "desafio único no que diz respeito à segurança nacional".
"Obviamente, a questão imediata é o futuro da Ucrânia e devemos continuar a colocar a Ucrânia na posição mais forte possível, independentemente do que aconteça a seguir, e garantir que, se houver paz, e todos queremos paz, que seja duradoura", vincou.
No entanto, o que está em causa, frisou ainda, "não é apenas a linha da frente da Ucrânia" mas "a linha da frente da Europa e do Reino Unido. É a nossa segurança nacional".
No encontro em Paris, Starmer pretende apelar aos aliados europeus para que "intensifiquem" o reforço das suas capacidades defensivas e do orçamento militar.
O Governo britânico comprometeu-se a gastar 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) na defesa, mas não disse quando.
Starmer reconheceu que os países europeus devem "desempenhar plenamente o seu papel no que diz respeito à defesa da soberania da Ucrânia, se houver um acordo de paz, e, claro, no que diz respeito ao financiamento e à formação".
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O conflito de quase três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.
Leia Também: Starmer afirma estar pronto para enviar tropas britânicas para a Ucrânia