Defesa de Mangione diz haver "problemas sérios" na obtenção de provas

A defesa do jovem apresentou uma moção para excluir do julgamento algumas das provas que a polícia de Altoona obteve imediatamente após a sua detenção.

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Notícias ao Minuto
21/02/2025 22:40 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

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Luigi Mangione, o jovem de 26 anos acusado de ter matado o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, compareceu esta sexta-feira em tribunal, tendo a sua defesa apontado haver “problemas sérios” na recolha de provas por parte das autoridades da Pensilvânia.

 

“Estamos preocupados por os direitos constitucionais de Luigi terem sido violados na Pensilvânia”, disse a advogada Karen Friedman Agnifilo, no exterior do tribunal, citada pela ABC News.

Friedman Agnifilo concretizou que existem “problemas sérios” no que diz respeito às buscas e apreensões levadas a cabo pelas autoridades, que serão objeto de litígio nos processos estaduais na Pensilvânia e em Nova Iorque, bem como no processo federal.

“Alega-se que Luigi tinha uma arma consigo e outros bens que vão ser usados contra ele em todos os processos. Se houver uma questão de busca e apreensão - e, mais uma vez, temos de analisar toda a documentação e as imagens das câmaras quando as recebermos, antes de dizermos definitivamente se achamos que há uma - mas, até agora, achamos que há problemas sérios nas buscas e apreensões”, disse.

Nessa linha, a defesa do jovem apresentou uma moção para excluir do julgamento algumas das provas que a polícia de Altoona obteve imediatamente após a sua detenção.

A advogada salientou também ter sido “chocante” ver o chefe dos detetives da Polícia de Nova Iorque e o presidente da Câmara de Nova Iorque, Eric Adams, serem entrevistados num documentário sobre o caso, no qual mencionaram “papelada” que a defesa ainda não tinha recebido. Além disso, um ator terá lido passagens de “um diário que dizem ser de Luigi” e que não foi entregue pela acusação.

“É escandaloso que tenham tempo para prejudicar a capacidade do Sr. Mangione de ter um julgamento justo para fazer estas declarações, mas não nos deem isto”, disse.

Friedman Agnifilo dirigiu-se também à multidão que se reuniu no exterior do tribunal de Manhattan, tendo agradecido o seu apoio em nome do seu cliente.

Ainda não foi marcada uma data para o julgamento.

Caso seja condenado, Mangione pode enfrentar uma pena máxima de prisão perpétua sem liberdade condicional pelas acusações estatais. Pendem também sobre o jovem acusações federais, uma das quais poderá acarretar uma condenação a pena de morte. A próxima audiência no tribunal federal será em meados de março.

Recorde-se que Mangione foi acusado de ter matado Brian Thompson em frente ao hotel Hilton, a 4 de dezembro de 2024, num ato que, segundo a acusação, foi premeditado, direcionado e “destinado a evocar o terror”. O jovem declarou-se inocente.

Leia Também: Detido desde dezembro, Luigi Mangione 'fala' pela primeira vez

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