Depois de assumir que enviou a Israel um corpo que não pertencia à refém Shiri Bibas, o Hamas terá pedido a Telavive que lhe devolva o corpo enviado por engano.
"Exigimos a devolução do corpo que a ocupação [Israel] afirma pertencer a uma mulher palestiniana que morreu durante o bombardeamento sionista", disse o grupo num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
Recorde-se que, esta quinta-feira, o grupo islamita devolveu, em caixões, os corpos de quatro reféns, entre eles, alegadamente, o da mãe Shiri Bibas e dos seus dois filhos, de dois e quatro anos.
Israel veio denunciar, nessa mesma noite, que o corpo de Shiri não pertencia à refém em causa, e a sua identidade não correspondia à identidade de nenhum dos reféns cuja libertação continua por realizar.
Já esta manhã, o movimento extremista palestiniano admitiu que poderá ter ocorrido um erro na recolha dos restos mortais que entregou na quinta-feira à Cruz Vermelha Internacional na Faixa de Gaza.
"Assinalamos a possibilidade de um erro ou de uma sobreposição dos corpos, que pode dever-se ao facto de a ocupação [Israel] ter atacado e bombardeado o local onde a família se encontrava com outros palestinianos", disse o Hamas no comunicado.
O grupo confirmou ter recebido as alegações de Israel através dos mediadores e que as iria examinar "com toda a seriedade" antes de anunciar os resultados da investigação que iniciou sobre o incidente.
"Informaremos os irmãos mediadores dos resultados do exame e da investigação do nosso lado", disse o Hamas.
Hamas confirma troca de corpo: Está "misturado com outros nos escombros"
Grupo islamita palestiniano refere que a mulher morreu na sequência de um ataque aéreo protagonizado pelo exército de Telavive.
Notícias ao Minuto | 09:24 - 21/02/2025Na senda do sucedido, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou o grupo islamita palestiniano de uma "violação cruel" do cessar-fogo.
Já o Hamas admite estar empenhado em cumprir o atual acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns e promete cumprir "todas as nossas obrigações". Disse ainda não tem qualquer interesse em manter os corpos dos reféns.
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