O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o enviado dos Estados Unidos ao país, Keith Kellogg, já não vão dar uma conferência de imprensa esta quinta-feira.
Já hoje Zelensky tinha dito que esperava deste encontro um trabalho "construtivo" e que esta era uma reunião "muito importante".
Segundo o líder ucraniano, o mundo tinha de escolher entre "estar com [o Presidente russo, Vladimir] Putin ou estar com a paz", num contexto de aproximação entre o Kremlin e o homólogo norte-americano, Donald Trump.
O porta-voz da presidência ucraniana, Serhiy Nikiforov, não deu qualquer outra razão para além de que o cancelamento ocorreu a pedido dos EUA.
A delegação dos EUA não fez qualquer comentário sobre este assunto, para já.
Quando a reunião começou, os repórteres de imagem foram autorizados a entrar numa sala onde os dois homens apertaram as mãos antes de se sentarem frente a frente numa mesa no gabinete presidencial em Kyiv.
A reunião pretendia discutir os esforços de Trump para colocar um fim à guerra de quase três anos. Note-se que nos últimos dias a tensão tem subido entre os Estados Unidos e a Ucrânia, com Donald Trump a culpabilizar Zelensky pelo início do conflito no Leste europeu. Zelensky respondeu que Trump está preso na "bolha de desinformação russa", e Trump disse-lhe que ele era um "ditador sem eleições".
Já esta quinta-feira foi também anunciado que o presidente do Conselho Europeu, António Costa, vai estar em Kyiv, na Ucrânia, na próxima segunda-feira, para assinalar o terceiro aniversário do início da invasão russa e reafirmar apoio ao presidente "democraticamente eleito".
[Notícia atualizada às 16h26]
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