Dezenas de pessoas desfilaram em Jerusalém, empunhando retratos de reféns e gritando palavras de ordem como "Tragam-nos para casa agora!".
Alguns manifestantes exigiram que as autoridades israelitas façam mais pela libertação dos seus familiares retidos pelo grupo extremista.
Os manifestantes concentraram-se junto da residência particular do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, antes de se dirigirem para o parlamento (Knesset), onde foram convidados para reuniões com deputados.
Dirigindo-se aos parlamentares, Einav Zangauker - cujo filho Matan continua retido na Faixa de Gaza e que se tornou uma figura de proa da luta pela libertação dos reféns -- voltou a apelar às autoridades para que façam tudo para obrigar o Hamas a permitir a saída daqueles que continuam em cativeiro.
A primeira fase da trégua entre Israel e Hamas em Gaza, que entrou em vigor a 19 de janeiro, já permitiu a libertação de 19 reféns israelitas. Em troca, 1.134 prisioneiros palestinianos que estavam nas prisões israelitas foram libertados.
Um total de 33 reféns, oito dos quais foram dados como mortos, devem ser entregues a Israel durante esta primeira fase do acordo de cessar-fogo, que termina em 01 de março, em troca de 1.900 prisioneiros palestinianos.
Outras manifestações para marcar o 500.º dia de cativeiro devem ser realizadas em Jerusalém e Telavive.
O fórum das famílias de reféns pediu ainda à população que cumpra um jejum de 500 minutos, pouco mais de oito horas, ao longo do dia de hoje em solidariedade com os reféns.
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, que recebeu hoje na sua residência Ohad Ben Ami, 56 anos, um dos reféns que foi recentemente libertado de Gaza, declarou que desejava o regresso a casa, o mais depressa possível, de todos aqueles que ainda permanecem em cativeiro.
Quinze meses de guerra entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza provocaram mais de 48.000 mortos e um elevado nível de destruição de infraestruturas no território controlado pelo grupo extremista palestiniano desde 2007.
A ofensiva israelita foi desencadeada por um ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e o rapto de 250 pessoas que foram levadas como reféns para a Faixa de Gaza.
Os combates cessaram em 19 de janeiro, no âmbito de um acordo de cessar-fogo negociado por vários mediadores internacionais: Estados Unidos, Qatar e Egito.
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