Venezuela condena fim de licenças dos EUA para exportações de petróleo

A Venezuela condenou hoje a decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump de acabar com as licenças de exportação de petróleo concedidas à Venezuela e explicou que deixarão de estar em vigor a partir de 1 de março.

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Lusa
27/02/2025 00:35 ‧ há 6 dias por Lusa

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"O Governo dos Estados Unidos tomou uma decisão lesiva e inexplicável ao anunciar sanções contra a empresa americana Chevron, com pretensões de prejudicar o povo venezuelano. [O Governo dos EUA] está na realidade a prejudicar os Estados Unidos, a sua população e as suas empresas, pondo também em causa a segurança jurídica dos EUA no seu regime de investimentos internacionais", explica Caracas em um comunicado.

 

A posição da Venezuela foi divulgada pela vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, que também é ministra de Hidrocarbonetos, através da sua conta na plataforma Telegram.

"O governo constitucional da Venezuela e o seu povo, em grande unidade nacional, condenam categoricamente este tipo de ações publicamente solicitadas pela oposição extremista e fracassada do país [Venezuela]", afirma.

Ainda no Telegram, Delcy Rodríguez, sublinha que "este tipo de ações falhadas impulsionou a migração dos anos 2017 a 2021 com as consequências amplamente conhecidas".

"A Venezuela continuará o seu caminho de recuperação económica na íntegra, garantindo-a com os esforços criativos de todos e em absoluta adesão à sua soberania e independência nacional.  Como um dos libertadores da América do Sul, José Gervasio Artigas, disse uma vez: 'não esperemos nada além de nós mesmos'", conclui.

 O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, na terça-feira, que vai acabar com as licenças de exportação de petróleo concedidas à Venezuela e explicou que deixarão de estar em vigor a partir de 1 de março.

"Estamos a reverter as concessões que o corrupto Joe Biden fez a Nicolás Maduro da Venezuela no acordo petrolífero de 26 de novembro de 2022, bem como as relacionadas com as condições eleitorais dentro da Venezuela, que o regime de Maduro não conseguiu cumprir", anunciou Trump.

Trump fez o anúncio na sua rede social Truth Social, na qual se queixou de que o "regime" de Nicolás Maduro não acelerou a deportação dos "criminosos violentos" que, segundo ele, Caracas enviou para os Estados Unidos, como se tinha "comprometido".

As licenças concedidas pelo antigo Presidente Joe Biden, que beneficiavam a petrolífera norte-americana Chevron, não foram renovadas em 2024, mas foram concedidas licenças individuais a alguns parceiros e clientes da empresa estatal venezuelana Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), permitindo que as exportações fluíssem para mercados como os EUA, Europa e Índia.

Nos termos da atual licença concedida pela administração Biden, a Chevron estava autorizada a operar na Venezuela até ao final de julho, pelo que a decisão de Trump antecipa em vários meses a cessação da atividade.

A Chevron é a única grande empresa petrolífera americana a operar na Venezuela.

A saída da Chevron é um revés económico para a Venezuela, uma vez que a petrolífera norte-americana tinha contribuído para a reativação da produção petrolífera venezuelana, que em fevereiro deste ano ultrapassou um milhão de barris por dia (bpd) pela primeira vez desde junho de 2019, segundo dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

As exportações aumentaram 15% em janeiro, cerca de 867 mil barris por dia, muito devido a um aumento dos carregamentos da Chevron Corp.

Leia Também: Trump cancela licenças dos EUA para exportações de petróleo da Venezuela

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