"Penso que todos nós conhecemos a situação - a Rússia é o agressor e o povo agredido é a Ucrânia", disse o chefe de Estado francês aos jornalistas, à saída do Palácio da Bolsa, no Porto, onde terminou hoje a visita de dois dias a Portugal.
Apesar da insistência dos jornalistas, Macron fez apenas uma curta declaração, considerando que os países que ajudaram a Ucrânia e sancionaram a Rússia há três anos "fizeram bem".
"E quando digo «nós», refiro-me aos Estados Unidos da América, aos europeus, aos canadianos, aos japoneses e a muitos outros", frisou.
O presidente da França, que hoje se fez acompanhar do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, salientou que se deve agradecer a todos aqueles que ajudaram e ajudam a Ucrânia, assim como se deve respeitar aqueles que têm estado a lutar desde o início.
"Porque estão a lutar pela sua dignidade, pela sua independência, pelos seus filhos e pela segurança da Europa. São coisas simples, mas que é bom recordar em alturas como estas", disse.
Volodymyr Zelensky deixou hoje a Casa Branca sem assinar o acordo sobre a exploração de minerais estratégicos da Ucrânia que era exigido pelo líder norte-americano, na sequência de uma reunião extremamente tensa entre os dois líderes..
A Casa Branca confirmou que os Estados Unidos e a Ucrânia suspenderam as negociações em torno do acordo que previa que Washington continuaria a fornecer ajuda a Kiev em troca de acesso às "terras raras" do país.
Trump anunciou que não continuará as negociações com o seu homólogo ucraniano e afirmou que Volodymyr Zelensky poderá regressar a Washington quando "estiver pronto para a paz".
"Tivemos uma reunião muito significativa na Casa Branca hoje. [...] É incrível o que sai através da emoção, e eu determinei que o Presidente Zelensky não está pronto para a paz se a América estiver envolvida, porque ele sente que o nosso envolvimento lhe dá uma grande vantagem nas negociações", escreveu Trump na rede social Truth Social.
"Não quero vantagem, quero paz. Desrespeitou os Estados Unidos da América no seu querido Salão Oval. Pode voltar quando estiver pronto para a paz", sustentou.
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