Começou repatriamento de milhares de moçambicanos que fugiram para o Maláui

As autoridades moçambicanas começaram hoje o repatriamento de milhares de pessoas refugiadas no Malaui devido às manifestações pós-eleitorais em Moçambique, disse fonte oficial.

Notícia

© Lusa

Lusa
01/03/2025 14:18 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Moçambique

Um novo levantamento feito pelas autoridades malauianas constatou que há pelo menos 7.900 moçambicanos que se refugiaram naquele país vizinho de Moçambique, contra os 13 mil que haviam sido anunciados anteriormente, embora admitam que o processo e contagem continua, explicou César Tembe, diretor de Prevenção e Mitigação no Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).

 

"Estamos a trabalhar para emissão de cartões para assistência humanitária", declarou César Tembe, citado pelo canal privado moçambicano STV, a partir do Maláui.

O repatriamento das pessoas, que estavam em seis centros de acolhimento no Malaui, devia ter começado na quinta-feira, mas as condições de navegação no rio Chiro, que separa Moçambique e Maláui, não eram boas.

"Agora as condições estão criadas", explicou César Tembe.

As autoridades, que esclarecem que o repatriamento não é obrigatório, mobilizaram quatro embarcações e igual número de camiões para transportar os refugiados, além de assistência alimentar para pelo menos três meses.

O ministro do Interior moçambicano garantiu, na quinta-feira, segurança no país para o regresso dos 13 mil refugiados, referindo que se está a trabalhar "dia e noite" para manter o país "seguro e firme".

"O país está seguro, há segurança no país. Agora, haver pequenos focos de desestabilização eles podem existir, mas não podemos falar de falta de segurança no país, senão todo o povo moçambicano estaria refugiado no Malaui, outra parte na Tanzânia, Zâmbia, Zimbabué, África do Sul, que são países que fazem fronteira connosco", disse Paulo Chachine, citado pela comunicação social.

Moçambique vive desde outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas por ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais de 09 de outubro, que deram vitória a Daniel Chapo.

Atualmente, os protestos, agora em pequena escala, têm estado a ocorrer em diferentes pontos do país e, além da contestação aos resultados, os populares queixam-se do aumento do custo de vida e de outros problemas sociais.

Desde outubro, pelo menos 353 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores, e cerca de 3.500 feridos durante os protestos, de acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que acompanha os processos eleitorais.

O Governo moçambicano confirmou pelo menos 80 óbitos, além da destruição de 1.677 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 unidades sanitárias, durante as manifestações.

Leia Também: Moçambique falha meta de crescimento económico e fica nos 1,9% em 2024

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas