Uma multidão concentrou-se esta tarde junto à residência do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em Downing Street, com muitos dos presentes a envergar bandeiras da Ucrânia, mas também do Reino Unido e da União Europeia.
"Unidos pela Ucrânia", Ucrânia não é a Rússia" e "Ajudem a Ucrânia a proteger a Europa" foram alguns dos cânticos repetidos.
"É importante mostrar que existimos e que estamos unidos", disse à agência Lusa Oksana, a propósito das críticas recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao chefe de Estado ucraniano, a quem chamou "ditador".
Na sexta-feira, na Sala Oval da Casa Branca, Trump e o seu vice-presidente, JD Vance, acusaram o líder ucraniano de não estar grato pela ajuda norte-americana e de recusar conversações de paz.
O confronto levou o presidente ucraniano a abandonar prematuramente a Casa Branca, sem assinar o acordo previsto sobre minerais.
"Quem devia ser repreendido é [o presidente russo, Vladimir] Putin", argumentou Oksana.
Ao lado, a amiga Nataliia concorda, confessando que "foi um choque" ver o tom das críticas usado contra Zelensky.
Outro manifestante, Andrew Smondulak, admitiu à Lusa que não é assíduo nestes protestos, mas que não quis deixar de estar presente para mostrar apoio ao Zelensky e aos líderes europeus reunidos em Londres.
"Hoje significa que estamos a entrar numa nova ordem mundial, e a Europa tem de ser forte e proteger a Ucrânia", afirmou.
Smondulak reconhece que falta aos europeus a mesma força militar que os Estados Unidos, mas que têm do seu lado os "valores de soberania e de respeito pelo ser humano".
O Reino Unido é o anfitrião de uma cimeira internacional sobre defesa europeia hoje em Londres com 19 líderes, incluindo o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha, Noruega, Canadá, Finlândia, Suécia, Dinamarca, República Checa, Polónia, Roménia e Turquia são os outros países representados.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, também estão presentes.
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