"A China continua a ter confiança na Europa. As duas partes têm a capacidade e a sabedoria para resolver adequadamente os problemas existentes através de consultas amigáveis", afirmou Wang Yi, numa conferência de imprensa à margem da sessão plenária da Assembleia Popular Nacional (APN), o órgão máximo legislativo da China.
Recordando que se assinalam este ano cinco décadas desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e a UE, Wang Yi disse que "a experiência mais valiosa é o respeito mútuo, a força motriz mais poderosa é o benefício mútuo e o consenso mais consistente é o multilateralismo".
O chefe da diplomacia chinesa recordou que o Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou, em janeiro, depois de falar com o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, que "quanto mais grave e complicada é a situação internacional, mais a China e a Europa devem reforçar a comunicação estratégica e melhorar a confiança mútua".
Nas últimas semanas, alguns analistas mencionaram a possibilidade de uma aproximação entre a China e a Europa face à clivagem entre o bloco continental e os Estados Unidos na sequência do regresso de Donald Trump à Casa Branca.
Isto embora persistam fricções comerciais significativas entre Bruxelas e Pequim sobre questões como os veículos elétricos chineses, sobre os quais a UE impôs taxas alfandegárias adicionais em 2024.
Leia Também: China alerta para "lei da selva" face a política comercial de Washington