China prevê mais avanços tecnológicos apesar dos "bloqueios e repressão"

O Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, afirmou hoje que o seu país vai continuar a produzir "inovações e avanços científicos e tecnológicos" apesar dos "bloqueios" e da "repressão" exercidos pelos Estados Unidos.

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© Kevin Frayer/Getty Images

Lusa
07/03/2025 07:29 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Wang Yi,a

"A ciência e a tecnologia não devem servir para tecer uma cortina de ferro, mas constituir antes uma riqueza universal e partilhada", disse o diplomata chinês, numa conferência de imprensa, à margem da sessão plenária da Assembleia Popular Nacional, o órgão legislativo máximo do país.

 

Wang Yi criticou a "repressão incessante e irracional" exercida contra a China em domínios como a ciência e a tecnologia aeroespacial ou o fabrico de semicondutores, mas afirmou que a inovação científica e tecnológica do seu país "tem ultrapassado constantemente a imaginação das pessoas".

O ministro citou exemplos como o programa espacial chinês e o recente sucesso do modelo de inteligência artificial (IA) DeepSeek, que se tornou na aplicação mais descarregada nos Estados Unidos, posicionando-se como concorrente de serviços norte-americanos como o ChatGPT a um custo inferior.

"O caminho para nos tornarmos uma potência científica e tecnológica está a tornar-se cada vez mais largo", afirmou Wang.

As barreiras "não podem bloquear o pensamento inovador", advertiu o ministro, que lembrou que o seu país "lançou a Iniciativa de Cooperação Internacional Ciência Aberta juntamente com o Brasil, a África do Sul e a União Africana, apelando a que se preste atenção ao desenvolvimento de capacidades científicas e tecnológicas no 'Sul Global', para que nenhum país seja deixado para trás".

China e Estados Unidos estão envolvidos numa disputa pelo domínio das tecnologias do futuro, com Washington a tentar limitar os progressos do país asiático em domínios como o fabrico de 'chips' semicondutores ou a propor a proibição de serviços como o TikTok, que é propriedade da empresa chinesa ByteDance.

Pequim prossegue o bloqueio de há vários anos a vários serviços sediados nos Estados Unidos, como o Google, o Facebook, o X, o Whatsapp ou o Instagram.

Leia Também: China vê no mundo atual mais razões do que nunca para ter boas relações com a UE

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