Populares encontram ossadas de supostos terroristas em Moçambique

Populares de Litandacua relataram hoje que encontraram ossadas humanas, de três presumíveis terroristas, nas margens do rio Messalo, naquela aldeia do distrito de Macomia, província moçambicana de Cabo Delgado.

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Lusa
08/03/2025 17:44 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Moçambique

As ossadas humanas foram encontradas na quinta-feira por um grupo de populares que procurava terras para semear milho naquela área, relataram as mesmas fontes.

 

"Encontrámos ossadas de três pessoas, ambas adultas, mas não sabemos quem são. Pelo que sei não desapareceu ninguém na aldeia. Só podem ser os terroristas", disse um popular, a partir de Macomia.

As ossadas encontravam-se debaixo de uma árvore, na mesma zona onde em fevereiro se registaram tiroteios entre elementos rebeldes e paramilitares da Força Local, durante a invasão de supostos terroristas. Na altura, a maioria da população refugiou-se na sede de Macomia, a cerca de 200 quilómetros da cidade de Pemba.

"No princípio de fevereiro houve invasão dos terroristas e a Força Local foi lá para impedir o ataque. Daí que aconteceu a troca de tiros entre as partes", relatou um membro daquela força paramilitar a partir de Macomia.

Desde o ataque à comunidade, Litandacua continua deserta, com a maioria dos residentes refugiados na vila de Macomia. 

"Muita gente não voltou ainda, porque a situação não está boa. Os que lá vão é mesmo por fome", relatou, sobre a atividade agrícola que se realiza naquela área.

Desde outubro de 2017, Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada, que provocou milhares de óbitos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas.

Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos nessa província, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo dados divulgados recentemente pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS), uma instituição académica do Departamento de Defesa do Governo norte-americano que analisa conflitos em África.

O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio de 2024, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que apoiam Moçambique no combate aos rebeldes.

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