"Não podemos tolerar um mundo onde as mulheres e as raparigas vivem com medo, onde a sua segurança é um privilégio e não um direito inegociável. Quando as mulheres e as raparigas avançam, todos prosperam", declarou.
Guterres recordou que este ano se assinala o 30.º aniversário da histórica conferência de Pequim, que reafirmou que os direitos das mulheres são direitos humanos.
Desde então, acrescentou, "as mulheres levantaram barreiras, quebraram tetos e remodelaram as nossas sociedades" e "há mais raparigas na escola e mais mulheres em posições de poder", sublinhou o secretário-geral da ONU.
Contudo, apontou os desafios extraordinários que ainda têm de ser resolvidos: "Serão necessários 130 anos", estimou, "para acabar com a pobreza extrema entre as mulheres e raparigas".
Além disso, Guterres denunciou as múltiplas ameaças que ainda pairam sobre as mulheres num mundo onde, "a cada 10 minutos, uma mulher é assassinada pelo seu parceiro ou por um membro da sua família" e "cerca de 612 milhões de mulheres e raparigas vivem sob a ameaça de conflitos armados que sacrificam com demasiada frequência os seus direitos".
"Não podemos ficar parados e ver o progresso ser invertido: temos de reagir", acrescentou Guterres, antes de apelar a todos para que acelerem a mudança e avancem "para cada mulher, para cada rapariga, em todo o lado".
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