Os militares israelitas entraram com tanques nas cidades de Jadida e Muallaqa, ambas em Quneitra, segundo a Syria TV.
No domingo, as forças israelitas entraram nas cidades de Ruwaihina e Rasm al Halabi, ocuparam a estrada de Nabaa al Shaker e instalaram um posto de controlo militar permanente no centro da cidade de Majdulia.
Aviões israelitas identificaram voos de reconhecimento na cidade de Tafas, na província de Deraa, onde se realizaram manifestações em mesquitas e apelos à mobilização durante o fim de semana.
Os milicianos reuniram-se na zona antecipando uma possível escalada, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
No domingo, o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel (IDF), Major-General Eyal Zamir, visitou o que os israelitas chamam de "faixa de segurança" no território sírio para fazer uma "avaliação da situação", de acordo com um comunicado militar israelita.
O comunicado das IDF refere que, desde domingo, ocorrem testes para avaliar a prontidão, a disciplina e as rotinas operacionais das forças destacadas na zona.
Os tanques israelitas irromperam pela Linha Alfa, que demarca o território ocupado por Israel do resto da Síria a 07 de dezembro, poucas horas após a queda do regime de Bashar al-Assad, e entraram na zona desmilitarizada patrulhada pela força da ONU (UNDOF) e, em alguns casos, mesmo além desta, até dez quilómetros da capital síria.
As forças israelitas circulam agora livremente pela zona desmilitarizada acordada no cessar-fogo de 1974 entre Israel e a Síria, que Israel considera nula e sem efeito após a queda de al-Assad.
Hoje mesmo, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, afirmou existirem "milhares" de operacionais do Hamas e da Jihad Islâmica na Síria que procuram "criar outra frente de guerra contra Israel".
Num encontro com o homólogo luxemburguês, Xavier Bettel, em Jerusalém, Saar sublinhou que Israel não permitirá que se forme "uma ameaça jihadista" na fronteira entre os dois países.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, explicou que a presença militar nesta zona é "indefinida".
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