Rubio foi recebido por Bin Salman ana véspera de se encontrar na Arábia Saudita com uma delegação ucraniana de alto nível para uma reunião destinada a discutir as negociações de paz com a Rússia.
Em comunicado, o Departamento de Estado adiantou que Rubio agradeceu a Bin Salman por ser o anfitrião do diálogo com o objetivo de acabar com a guerra na Ucrânia e alcançar um acordo de paz duradouro.
A mesma fonte referiu que Rubio e Bin Salman também discutiram o Iémen e as ameaças à navegação por parte dos rebeldes iemenitas pró-iranianos Huthis, que prejudicam o comércio global, os interesses dos EUA e as infraestruturas sauditas.
O chefe da diplomacia norte-americana sublinhou o empenhamento dos EUA em que qualquer solução para a situação em Gaza não inclua um papel para o movimento palestiniano Hamas, considerado terrorista por Washington, União Europeia, Israel e outros países.
A agência noticiosa saudita SPA acrescentou que no encontro de segunda-feira foram passadas em revista as relações bilaterais entre Washington e Riade e as formas de as reforçar em vários domínios, bem como os esforços para promover a segurança e a estabilidade.
O chefe da diplomacia norte-americana encabeça uma delegação que deverá incluir o conselheiro de segurança nacional Mike Waltz e o enviado do Presidente Donald Trump para o Médio Oriente, Steve Witkoff.
A delegação ucraniana inclui o ministro dos Negócios Estrangeiros, Andriy Sibiga, o ministro da Defesa, Rustem Umerov, o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, e um dos seus adjuntos, o oficial militar Pavlo Palisa.
Rubio disse na segunda-feira considerar promissora a proposta ucraniana de um cessar-fogo parcial na guerra com a Rússia.
"Não estou a dizer que isto por si só será suficiente. Mas este é o tipo de cedência necessária para colocar um fim ao conflito", admitiu Rubio, em declarações aos jornalistas pouco antes de chegar a Jeddah, na Arábia Saudita.
Ao chegar a Jeddah, a delegação ucraniana anunciou que vai propor um cessar-fogo que abranja o Mar Negro e ataques com mísseis de longo alcance, bem como a libertação de prisioneiros.
Um alto funcionário ucraniano explicou que Kiev vai propor uma trégua aérea e marítima com a Rússia por ser mais fácil de controlar.
"Temos uma proposta de tréguas no ar e no mar, porque estas são as opções de cessar-fogo mais fáceis de pôr em prática e de controlar, e é possível começar por elas", afirmou a fonte à AFP, sob condição de não ser identificada.
Leia Também: Harvard congela contratações dada a incerteza criada por Trump