"Para já, não há negociações [com Kyiv], por isso não há nada para dinamitar. Mas pode causar danos visíveis à tendência atual", afirmou o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência espanhola EFE.
Peskov disse que Moscovo tinha tomado antecipadamente medidas que garantiam a segurança da capital, da região adjacente e do resto do país.
A Ucrânia lançou durante a noite um ataque de grande envergadura contra a Rússia que envolveu 337 'drones', de que resultaram três mortos, segundo um balanço atualizado pelas autoridades locais.
A imprensa russa disse tratar-se do maior ataque de 'drones' de ambas as partes desde o início da guerra em fevereiro de 2022.
O ataque ocorreu horas antes do início de conversações na Arábia Saudita entre delegações da Ucrânia e dos Estados Unidos sobre a eventual negociação de uma trégua com a Rússia.
Os chefes da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, e ucraniana, Andriy Sybiga, participam na reunião na cidade de Jidá, no Mar Vermelho.
"Estamos dispostos a fazer tudo para alcançar a paz", disse o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, aos jornalistas, à entrada da sala de negociações, segundo a agência francesa AFP.
O Kremlin disse que os funcionários norte-americanos estão a "tentar compreender" a posição ucraniana sobre possíveis negociações.
Moscovo espera que Washington transmita de alguma forma informações sobre a reunião com Kyiv, segundo as agências noticiosas russas.
A administração de Donald Trump iniciou a ronda de contactos através da Rússia, com um primeiro encontro simbólico também na Arábia Saudita, em meados de fevereiro, que resultou num compromisso mútuo de restabelecimento das relações diplomáticas.
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